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Rio registra alta dos preços dos imóveis de aluguel pelo 13º mês consecutivo

Segundo o Índice QuintoAndar de Aluguel, a cidade atinge o maior valor médio do metro quadrado de imóveis para aluguel desde junho de 2019

Por João Boueri

O preço dos aluguéis teve alta de 3,3% de julho a setembro deste ano
O preço dos aluguéis teve alta de 3,3% de julho a setembro deste ano
Schluesseldienst/Pixabay

A cidade do Rio de Janeiro atinge o maior valor médio do metro quadrado de imóveis para aluguel desde junho de 2019. Os dados são do Índice QuintoAndar de Aluguel, criado há mais de três anos. O valor, no 13º mês consecutivo de alta, chega a R$ 34,94. 

O bairro de Ipanema, na Zona Sul, é o único a superar o valor de R$ 60,00 do metro quadrado, mesmo sendo o segundo bairro com maior desvalorização nos últimos seis meses. Leblon e Jardim Oceânico completam a lista dos três bairros mais caros para morar no Rio de Janeiro. 

Os bairros de Copacabana, Lagoa e Laranjeiras, na mesma região, registram recorde de preço desde a criação do índice, assim como Jardim Oceânico, na Zona Oeste.

A moradora de Laranjeiras Simone Carvalho, de 36 anos, procura outro apartamento para residir, mas relata que encontra dificuldades de encontrar um imóvel sem necessidades de reparos pelo mesmo preço que paga atualmente. Ela ainda diz que teve que aumentar as opções de locais para se mudar com o aumento dos preços. 

“A proprietária pediu o apartamento de volta e eu tive que começar a procurar outros apartamentos. A gente vai se mudar, mas está difícil achar um apartamento com as mesmas condições e no mesmo preço. Eu tenho encontrado imóveis com muitas necessidades de reformas com o preço igual ou maior. Eu tive que abrir o leque de opções de bairros para poder encontrar um apartamento”, disse Simone Carvalho.

O preço dos aluguéis teve alta de 3,3% de julho a setembro deste ano, na comparação com o trimestre anterior. A alta é de mais de 17%, quando os mesmos meses são comparados. 

Para Pedro Capetti, especialista em dados do QuintoAndar, o crescimento está espalhado por todos os bairros da capital fluminense. 

“Esse aumento generalizado está espalhado em toda a cidade, principalmente em áreas com fácil acesso a transporte público e com ofertas de emprego. O que a gente observa é que imóveis com 1 e 2 dormitórios tem apresentado elevação. O crescimento está espalhado em todos os bairros”, afirma o especialista.

O terceiro trimestre deste ano (julho-setembro) registra a maior variação acumulada do índice, na comparação com o mesmo período de 2020 e 2021.

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