O ex-deputado federal Roberto Jefferson disse que riu quando viu a policial Karina Lino correndo para tentar fugir da granada de luz e som jogada por ele e que a agente lembrava sua neta. A afirmação foi feita, na sexta-feira (26), durante interrogatório do processo em que o político é acusado de tentativa de homicídio contra quatro policiais federais cumpriam um mandado de prisão expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em outubro passado.  

A Justiça Federal divulgou o vídeo do depoimento.  

"A última a correr foi a menina. Eu até ri. Falei 'ela é igual a minha neta, cabelinho preso", disse.

O artefato foi adulterado com pregos. Questionado pelo Ministério Público Federal, Roberto Jefferson disse que só lançou o explosivo quando todos os policiais estavam abrigados e não sabe como Karina foi atingida. Ela ficou ferida no ataque. O delegado da PF Marcelo Villela também se feriu com estilhaços.  

Ao ser interrogado, o ex-deputado ainda confessou que atirou nos agentes, mesmo sem eles terem disparado inicialmente.  

O político disse que atacou os policiais porque eles estavam oferecendo perigo ao tentat entrar em sua casa, em Comendador Levy Gasparian, no interior do Rio. Jefferson atirou 50 vezes contra os agentes e lançou três granadas contra a equipe.