Secretário de Ordem Pública diz que inquéritos sumiram na Delegacia de Homicídios

Brenno Carnevale, volta a apontar o sumiço de inquéritos no período que foi chefe de investigação da Polícia Civil

Por Gabriela MorgadoFernanda Caldas

Secretário de Ordem Pública diz que inquéritos sumiram na Delegacia de Homicídios
Secretário de Ordem Pública do município do Rio de Janeiro, Brenno Carnevale
Divulgação

O secretário de Ordem Pública do município do Rio de Janeiro, Brenno Carnevale, volta a apontar o sumiço de inquéritos no período que foi chefe de investigação da Polícia Civil. Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal relativo ao caso Marielle Franco, nesta quarta-feira (21), o delegado afirmou que os documentos das mortes do ex-policial André Serralho e do policial da reserva Geraldo Pereira, citado na CPI das Milícias da Alerj, desapareceram.

Carnevale, que foi responsável de 2016 a 2018 pelos crimes envolvendo agentes de segurança investigados na Delegacia de Homicídios da Capital, disse ainda que Rivaldo Barbosa pedia constantemente informações sobre a morte de Marcos Falcon, presidente da Portela. Na época, Rivaldo era diretor da Divisão de Homicídios.

Em depoimento à Polícia Federal, Carnevale já tinha afirmado que não se lembrava de ter havido, em quase dois anos, prisão ou denúncia de pessoas ligadas à contravenção. Ele também tinha dito aos policiais que os chefes das investigações na DH mudavam subitamente e que teria sido retirado do caso da morte de Haylton Escafura, filho do bicheiro Piruinha, sem explicações.

Em nota, a defesa de Rivaldo Barbosa, representada por Marcelo Ferreira, disse que Brenno Carnevale não era subordinado diretamente à Divisão de Homicídios e que o sumiço dos inquéritos não foi informado a ele. Em relação à morte de Marcos Falcon, a defesa disse que todos os casos de grande repercussão eram acompanhados pelo Diretor da Divisão.

Rivaldo Barbosa está preso, acusado de atrapalhar as investigações das mortes de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, durante o período que foi chefe da Polícia Civil do Rio.

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