A defesa do delegado Rivaldo Barbosa pede novamente ao Supremo Tribunal Federal a revogação da prisão preventiva do acusado de ajudar a arquitetar o assassinato da vereadora Marielle Franco.
No documento, os advogados alegam que a colaboração premiada do ex-PM Ronnie Lessa é a única justificativa para manter Rivaldo Barbosa preso. A defesa diz ainda que não há conduta concreta e individualizada a ser imputada ao delegado e que não foi comprovado qualquer recebimento ilícito.
A defesa ainda ressalta que, durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão, não foi apreendido dinheiro em espécie, jóias ou produtos de alto valor. O documento também cita que as condições de saúde de Barbosa demandam tratamento médico fora do sistema penitenciário.
Os advogados pedem, caso a revogação da prisão não seja aceita, que o STF aplique medidas cautelares ou converta a prisão preventiva em domiciliar, que poderia ser cumprida na casa da irmã de Rivaldo Barbosa, em Brasília.
Ainda durante a segunda-feira (27), o ministro Alexandre de Moraes determinou que o delegado seja ouvido pela Polícia Federal em até cinco dias. Em abril deste ano, a defesa de Rivaldo Barbosa entrou com o pedido para que ele e a esposa, Érika Andrade, fossem ouvidos.
Segundo as investigações, Rivaldo se utilizou da condição de delegado para garantir a execução e impunidade do crime. A defesa nega as acusações.
Barbosa, que foi chefe da Polícia Civil do Rio, está preso desde o dia 24 de março, acusado de proteger Domingos e Chiquinho Brazão, apontados como mandantes da morte de Marielle Franco. Os irmãos também estão no sistema penitenciário.