Taxa de desocupação no Brasil fica em 8,5% no trimestre de fevereiro a abril

No mesmo trimestre móvel do ano passado, a taxa havia sido de 10,5%

Por Thuany Dossares

Taxa de desocupação no Brasil fica em 8,5% no trimestre de fevereiro a abril
Carteira de trabalho
Arquivo/Agência Brasil

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 8,5% no trimestre de fevereiro a abril, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quarta-feira (31), pelo IBGE. Na comparação com trimestre anterior, houve um aumento de 0,1 ponto porcentual neste índice. O número saiu de nove milhões de pessoas desempregadas, para nove milhões e cem mil.

A analista Maria do Rosário foi demitida em fevereiro e ainda busca se recolocar no mercado. Ela conta que uma das dificuldades para conseguir o novo trabalho é a concorrência. 

“Eu fui demitida em fevereiro, trabalhava na parte de análise de documentos, minha função era analista. Não arranjei emprego até agora. A dificuldade que tem é porque a maioria são em locais longe, eles pagam salário mínimo, e tem muitas pessoas também na hora de fazer a seleção concorrendo a vaga", disse Maria do Rosário.

A colunista de Economia da BandNews FM, Juliana Rosa, explica que os dados estão dentro do previsto e surpreenderam os analistas, que esperavam uma taxa de desocupação de 8,7%. 

"O balanço que eu faço olhando rapidamente, é que está dentro da toada que é esperada, que é uma economia esse ano que vai desacelerando aos poucos, embora seja uma desaceleração até mais branda do que se previa. Não é que vai desacelerando, perdendo folego ao longo dos próximos meses, só que não é uma queda brusca, então acaba que isso é positivo no sentido de ser uma desaceleração devagar", analisa Juliana Rosa.

De acordo com o estudo, o país fechou o trimestre de abril com quase 37 milhões de empregados com carteira assinada no setor privado. Para a analista do IBGE, Alessandra Brito, o resultado representa estabilidade. 

"O rendimento médio do trabalho ficou estável no período, mas variou positivamente na comparação anual, assim como a taxa de informalidade ficou estável na comparação trimestral, ficando ali em 38,1% da população ocupada", explica Alessandra Brito.

Já o número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado, de trabalhadores por conta própria e de empregados no setor público ficou estável em abril. 

A população desalentada, composta por pessoas que gostariam de trabalhar e estavam disponíveis, mas não buscaram trabalho por vários motivos, caiu 4,8% em relação ao trimestre anterior e 15,3% na comparação anual.

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