A onda de calor extremo em todo o país fez com que o Operador Nacional do Sistema acionasse as usinas térmicas, por causa do aumento da demanda por energia. A medida começou nesta quinta-feira (16). Há problemas em São Paulo e no Rio de Janeiro. As termoelétricas foram acionadas, para complementar a energia produzida pelas hidrelétricas. A produção das térmicas é mais cara e mais poluente.
Para o professor de Sistema Elétricos de Potência, do curso de Engenharia Elétrica, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Antonio Guilherme, o uso das termoelétricas é necessário para garantir resposta rápida ao aumento do consumo de energia em todo o país.
A decisão de usar energia produzida pela termoelétricas é vista por especialistas como uma medida de segurança e temporária, até garantir que a alta demanda não provoque desabastecimento. Em São Paulo, o temporal da última quarta-feira (15) deixou aproximadamente 300 mil famílias sem energia.
No Rio, a Light, concessionária responsável pelo fornecimento de energia em grande parte do Estado, não informou o número de pessoas sem luz, mas destacou que o uso de aparelhos de ar-condicionado e ventiladores, sobretudo nas ligações clandestinas, provocou um pico de consumo de energia e danificou parte do sistema. Em diversos pontos da capital, não faltam reclamações.
Nesta quinta-feira (16), 23 unidades básicas de saúde da cidade foram afetadas com a queda de energia que atingiu grande parte da Zona Norte. Uma unidade de urgência e emergência além do Hospital Federal de Bonsucesso precisaram acionar geradores próprios.
Nos últimos dias, a capital fluminense tem registrado sensação térmica perto dos 58 graus.