Matheus Floriano é o vereador suplente que vai substituir Gabriel Monteiro (PL) na Câmara Municipal do Rio após ele ter o mandato cassado. Floriano deve tomar posse da sua cadeira na próxima terça-feira (23), no Palácio Pedro Ernesto.
Filho do ex-deputado Francisco Floriano, Matheus foi eleito suplente pelo Partido Social Democrático (PSD) nas eleições de 2020 com 7.086 votos.
A perda do mandato de Gabriel Monteiro já foi publicada no Diário Oficial da Câmara Municipal (DCM) nesta sexta-feira (19), com a justificativa de "conduta incompatível com o decoro parlamentar". Ele era acusado de estupro, assédio moral e sexual, exposição vexatória de crianças e pessoas em situação de vulnerabilidade, e de filmar o sexo, inclusive com menores de idade.
Candidatura à deputado federal e pedido de inelegibilidade
A cassação de Monteiro foi decidida na quinta-feira (18), durante votação em plenário. Logo após o pleito, o PSOL protocolou, ainda na quinta, uma Notícia de Inelegibilidade contra a candidatura de Monteiro à deputado federal, baseado na Lei da Ficha Limpa. No entendimento dos políticos, a cassação gera inelegibilidade superveniente e, com isso, ele não poderia concorrer às eleições.
A candidatura de Monteiro ao cargo, também pelo PL, é válida porque a cassação se deu depois do prazo para o registro da mesma e, dessa forma, o influencer conseguiu fazê-la dentro da legalidade.
O, agora ex-vereador, também já era réu em dois processos criminais na época do registro da candidatura, por filmar o sexo com uma adolescente de 15 anos e por assédio sexual e importunação sexual contra a ex-assessora dele, Luiza Caroline Bezerra Batista, de 26. Mas como os processos ainda estão em andamento e não foram julgados, Monteiro seguia com a ficha limpa.
Agora, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) tem até o dia 12 de setembro para analisar a legalidade das candidaturas registradas. Questões éticas e pedidos de impugnação serão analisados.
*Decisão pela cassação foi quase unânime*
Quarenta e oito dos 50 vereadores votaram a favor da perda do mandato do político, que também é influencer e youtuber. Bastavam 34 votos para que isso ocorresse. Apenas o próprio Gabriel e Chagas Bola, do União Brasil, votaram contra.
Todos os parlamentares participaram do pleito, com exceção só do Carlos Bolsonaro que está de licença não remunerada do cargo para acompanhar a campanha presidencial do pai, Jair Bolsonaro.