A violência no Rio causa reflexos na rotina de moradores e comerciantes, e nos setores de turismo e economia da cidade. Somente em Copacabana, bairro da Zona Sul e que vive uma onda de assaltos, a queda no faturamento de bares e restaurantes chega a 30%. Isso porque um turno inteiro de trabalho foi extinto.
A medida atingiu justamente o horário mais lucrativo para os empresários desses segmentos: a partir de nove horas da noite. O presidente do Polo Gastronômico do bairro, Sildo Frutuoso, afirma que os moradores e os turistas, vão se adaptando à rotina de medo na região.
A pesquisadora Gisele Andrade deixou o Rio, por conta da violência. Em Braga, Portugal, ela achou emprego, contituiu família e encontrou qualidade de vida. Mas, com as festas de fim de ano chegando, vive um dilema: trazer o filho, de 1 ano, para os avós, já idosos, conhecerem e apresentar a cidade natal para o marido significa, e conviver novamente com a rotina de insegurança.
Para tentar frear os crimes em Copacabana, a Polícia Militar anunciou um cinturão de patrulhamento na Avenida Nossa Senhora de Copacabana e na Avenida Atlântica, das 6:00 às 23:00.