Faustão na Band

Angélica critica busca exagerada pela beleza: “Querem ter a cara do filtro”

Apresentadora participou da Pizzaria do Faustão nesta segunda-feira (3)

Da Redação

Angélica participou da Pizzaria do Faustão
Angélica participou da Pizzaria do Faustão
Reprodução

A passagem de Angélica pela Band foi agitada. Convidada da Pizzaria do Faustão desta segunda-feira (2), a apresentadora matou a saudades de Fausto Silva e aproveitou para desejar feliz aniversário ao amigo, que completou 72 anos.

Ao longo do programa, Angélica tocou também em tópicos sensíveis, como o início de sua carreira, a pressão por manter uma estética perfeita e por que decidiu aprofundar seus conhecimentos em saúde mental e mergulhar no autoconhecimento. 

Já nos bastidores, ao site do Faustão na Band, a apresentadora recordou trabalhos que marcaram sua trajetória, tais como o seriado Caça Talentos (1996) e o filme Zoando na TV (1999) – esclarecendo se existe a chance de retomar algum deles. Veja a seguir: 

“Querem a cara do filtro”

Anne Lottermann recordou que, com apenas 6 anos, Angélica ganhou um concurso de criança mais bonita do Brasil no programa do Chacrinha e quis saber como é a relação dela com a beleza hoje. “Eu sempre tive na frente da televisão, então tive que me cuidar, fazer exercícios, cuidar da pele por causa disso”, disse. 

É importante se olhar no espelho e se sentir bonita, mas dá pra ser escrava disso. Como comecei muito cedo, sempre foi uma preocupaçãozinha isso não virar uma paranoia. Tem muitas formas de você se manter mais jovem, mas a que preço? A que custo? Tem que ir de acordo, com calma. A oferta hoje é muito grande para fazer aqui, retocar ali, puxar ali.

No fundo, ela acredita que a autoestima vem de outra fonte – que não necessariamente os procedimentos estéticos. “Analisando um pouco mais, eu acho que a melhor forma de estar bem é realmente de dentro para fora. Você se sentir bem, amado, rodeado de pessoas de quem você gosta”. 

Cada vez mais eu quero estar nos lugares em que realmente quero estar, sem precisar ir por obrigação. Hoje posso me dar ao luxo disso e me sinto grata

Por fim, falou sobre como os filtros impactam a nossa percepção de imagem. "Não dá pra querer ser alguma coisa igual a da internet. Esses filtros que a gente tem aí, por exemplo. Fica todo mundo querendo ficar com a cara do filtro e aquilo não é a verdade. É perigoso", opinou.  

“Senti a necessidade de saber quem eu era”

Por ter começado a trabalhar ainda na infância, Angélica confessou que sentiu a necessidade de resgatar sua essência em um determinado ponto da vida. 

Eu comecei muito pequena e a coisa vai atropelando. Você vai fazendo um programa atrás do outro... Em um momento eu senti a necessidade de refletir um pouco naquilo que eu queria, daquilo que eu gostava mesmo. Quem era essa pessoa que estava dentro? Precisei tentar me entender melhor. 

 

“Até hoje minha mãe liga perguntando como vou usar o cabelo, a maquiagem”

Na semana do Dia das Mães, a apresentadora lembrou do papel que dona Angelina, sua mãe, teve para que ela seguisse a carreira na TV. Desde que começou, com apenas quatro anos, Angélica teve o apoio familiar.

"Minha mãe me acompanhou desde pequena. Em todos esses anos de carreira ela me levava e acompanhava. Eu era muito pequena, só com quatro anos de idade, e ela veio junto comigo. Até hoje me liga perguntando de cabelo, maquiagem", disse.

“Na Itália, Faustão quis comprar presente pra todo mundo”

A pedido do site do Faustão na Band, Angélica recordou histórias marcantes ao lado do apresentador. 

“O Fausto é muito generoso, é a pessoa mais generosa que eu conheço. Durante uma viagem que fizemos para a Itália, ele quis comprar presente para todo mundo. Contava piadas nas ruas, é um cara muito alto astral”.

E como são as famosas noites da pizza na casa da família Silva? "O legal lá é que o Fausto mistura os amigos pessoais, que não são famosos, com pessoas que convivemos em televisão. É sempre um barato, muito festivo”, garantiu. 

“A guerra acontece longe, mas afeta a gente também. Emocionalmente, inclusive”

Quando questionada sobre o seu maior medo enquanto mãe, Angélica citou a situação atual do mundo. “Me choca muito ter uma guerra acontecendo. A tecnologia avançada, a gente falando em metaverso -- e tem uma guerra na qual as pessoas estão brigando por terra, petróleo, matando gente como se fosse nada. Me assustam essas pessoas. O que o ser humano aprendeu? Nada”, refletiu. 

Essa guerra acontece tão longe, mas afeta a gente também, emocionalmente inclusive. Não é longe, é aqui, somos todos partes do mesmo planeta.

“Remake de Caça Talentos não vai rolar”

Apesar do carinho pelas canções que já gravou, Angélica não pretende gravar novamente. “Eu gosto, mas não tenho esse projeto. Quem sabe? ”, deixou no ar durante entrevista. 

“Remake de Caça Talentos não vai rolar, porque vai ser a Fada Velha, não a Fada Bela. Já passou muito tempo”, explicou rindo. “Estou curtindo tudo que realizei e hoje posso escolher fazer coisas que me dão prazer, que tenham propósito para todo mundo que me acompanhou até agora”, falou. 

Para os próximos meses, Angélica adiantou que vem novidade por aí: um novo projeto em parceria com a HBO Max, que não é o Jornada Astral. E um filme, ainda mantido em segredo. 

“Como sagitariana, eu falo e depois nem lembro”

Antes de encerrar a entrevista, ela falou sobre astrologia. “Eu amo meu signo, que é Sagitário. Gosto muito de Aquário e de Libra também”, disse. 

Já para conviver no dia a dia, Angélica é mais cautelosa com dois signos. “Vou comprar briga com uma turma aí, mas eu fico atenta com Escorpião – é um signo rancoroso e como sagitariana eu falo e depois nem lembro”, brincou. Já os taurinos, segundo ela, são muito teimosos.