Faustão na Band

Aos 12 anos, Eduardo Costa teve que criar os irmãos; entenda o motivo

Nascido no interior de Minas Gerais, o cantor assumiu grandes responsabilidades ainda na infância

Da Redação

Eduardo Costa animou a plateia do Churrascão desta sexta
Eduardo Costa animou a plateia do Churrascão desta sexta
Reprodução / Faustão Na Band

Já pensou como seria a vida sem energia elétrica? Era exatamente assim que Eduardo Costa viveu sua infância: sem televisão, geladeira e nem outras comodidades que se tornaram necessidades básicas para todos nós. Durante o Churrascão do Faustão desta sexta-feira (1), ele recordou o período. 

“A maioria de nós, artistas sertanejos, vem de uma vertente muito humilde. Eu nasci em Belo Horizonte por acidente, porque minha mãe tinha ido passar o Natal lá, e logo depois fui para Abre Campo, há 200 km da cidade. Não tinha luz, mas a gente tinha uma vida maravilhosa. Quando você não tem conhecimento, tá tudo certo. Quando eu vi a primeira vez [a vida da cidade] é que não queria voltar mais”, contou. 

Segundo ele, não foi uma fase ruim. “Na roça tem dificuldade, mas tem fartura: galinha, porco, ovo. Só quando a gente teve conhecimento de como eram as coisas é que se deu conta que a vida era totalmente difícil”, refletiu. 

O cantor revelou ainda que se tornou responsável pelos irmãos mais novos quando tinha apenas 12 anos, no período em que foi morar em Belo Horizonte. “Meu pai se separou da minha mãe e voltou para a roça. Ela entrou em depressão profunda, foi parar na cama. E eu, aos 12, 13 anos, tive que virar o homem da casa e criar dois irmãos pequenos”, recordou. 

Já nesta época, Eduardo, que conviveu com a música desde cedo, apostou na carreira de cantor e passou a tocar nos bares da cidade. “Eu não tinha nenhuma pretensão de sucesso, isso era muito longínquo. Era um sonho muito distante: eu escrevia, tocava minhas músicas na viola, com minha família, os meus amigos. Eu não conhecia outra realidade”, declarou. 

O sucesso veio depois da composição de um álbum. “Eu fiz um CD para dar para uns amigos meus, com músicas que eu compus. Ele virou um fenômeno pelo Brasil, tocando em boteco, em porta de faculdade”, relembrou.