Fórmula 1

Michael Masi relata 'centenas' de ameaças após temporada 2021 da Fórmula 1

Australiano deixou a categoria no começo de 2022 após decisão da temporada anterior

Da redação

Australiano deixou a categoria no começo de 2022 após decisão da temporada anterior
Australiano deixou a categoria no começo de 2022 após decisão da temporada anterior
Fórmula 1/Site oficial

Em entrevista no final de semana publicada pelo jornal australiano The Daily Telegraph, Michael Masi revelou detalhes inéditos sobre a saída do cargo de diretor de corridas da Fórmula 1. O agora ex-dirigente afirmou ser alvo de ameaças desde o fim da temporada 2021 da categoria.

Masi se afastou da F1 em fevereiro de 2022, meses após a polêmica no Grande Prêmio de Abu Dhabi que decidiu a última temporada. Na ocasião, a entrada de um safety car nas voltas finais foi considerada decisiva para a decisão do título em favor de Max Verstappen (Red Bull) na disputa contra Lewis Hamilton (Mercedes).

Hamilton liderava a corrida até as voltas finais, mas com pneus gastos, enquanto Verstappen era segundo, com pneus mais novos. Com o carro-madrinha, Masi determinou que os retardatários entre os dois ultrapassassem Hamilton para descontar a volta. No último giro, já com pista liberada, o holandês passou o rival sem dificuldades, venceu e ficou com o título.

“Eu me senti como o homem mais odiado do mundo. Recebi ameaças de morte. As pessoas diziam que iriam atrás de mim e de minha família”, afirmou.

“Eu ainda me lembro de andar pelas ruas em Londres um dia ou dois depois (da corrida em Abu Dhabi). Eu pensei que estava tudo bem, até que comecei a olhar para os lados. Eu estava procurando pessoas, pensando se elas iriam me pegar”, completou.

Embora não tivesse dado entrevistas desde o começo do ano, Michael Masi havia se manifestado em julho – não apenas da saída do cargo na F1, mas também da saída da FIA, também em julho. Na ocasião, em comunicado, disse que voltaria à Austrália “para estar mais perto de minha família e amigos”, sem mencionar o GP da Abu Dhabi de 2021.

Ao jornal australiano, Masi afirmou ter sido confrontado “com centenas de mensagens”, muitas delas com conteúdos “chocantes”. “Racistas, abusivas, vis. Eles me chamavam de todos os nomes possíveis”, descreveu. “E elas continuavam chegando. Não apenas em meu Facebook, mas também em meu LinkedIn, que deveria ser uma plataforma profissional para negócios. Era o mesmo time de assédio.”

Embora tenha tentado ignorar as ofensas, Masi admite que sofreu o impacto – especialmente na saúde mental. O australiano afirma que a FIA foi comunicada da situação, mas minimizou.

“Eu não fui e conversei com um profissional. Com o benefício em vista, eu provavelmente deveria”, reconheceu.

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