Dinastias da Fórmula 1: relembre quando pai e filho correram pela categoria

Relembre quando o ditado popular “filho de peixe, peixinho é” se cumpriu na maior categoria do automobilismo

Da Redação

A briga de Max pelo título mundial de 2021 trouxe de volta o destaque para o sobrenome Verstappen, tão conhecido nos anos 90 e dois mil. 

Os fãs mais velhos vão se lembrar: não é a primeira vez em que o sobrenome Verstappen aparece na Fórmula 1. Jos foi um piloto muito veloz na sua época, difícil de ser ultrapassado e que jogava duro, sem se intimidar com rivais como Michael Schumacher, Damon Hill, Mika Häkkinen, Jean Alesi, Nigel Mansell e David Coulthard.

Porém, o sucesso da família holandesa veio para valer com Max Verstappen, que nesta temporada está brigando pelo título mundial. Muitas vezes o pai assiste, do paddock da Red Bull, ao filho brilhar nos circuitos ao redor do planeta.

Mas esse não é o único caso de pai e filho na história da Fórmula 1. Relembre outras situações em que o ditado popular “filho de peixe, peixinho é” se cumpriu na maior categoria do automobilismo mundial.

GILLES E JACQUES VILLENEUVE

Aqui temos uma família canadense de bons pilotos. O pai, Gilles, foi vice-campeão mundial de 1979 com a Ferrari, mas morreu em um trágico acidente no Grande Prêmio da Bélgica de 1982. O filho, Jacques, honrou a memória do pai e conquistou o título mundial de 1997 pela Williams, além de ter vencido 11 corridas.

GRAHAM E DAMON HILL

Dois grandes nomes do automobilismo inglês e o primeiro caso registrado na história em que pai e filho foram campeões mundiais de Fórmula 1. Graham venceu os campeonatos de 1962 e 1968, além de ter 14 primeiros lugares e 36 pódios. Por sua vez, Damon levou o título de 1996, mas venceu mais que o pai: 22 corridas e 42 pódios.

JACK E DAVID BRABHAM

O australiano Jack Brabham é tricampeão mundial de Fórmula 1, possui 14 vitórias e em 1961 fundou a sua própria escuderia que foi duas vezes campeã mundial. Porém, David não repetiu o sucesso e, em duas temporadas na F1 (1990 e 1994), teve o seu melhor resultado um 11º lugar na Hungria em 94.

MARIO E MICHAEL ANDRETTI

Um dos grandes nomes do automobilismo norte-americano, Mario Andretti ganhou um título mundial em 1978 e possui 12 vitórias na carreira. O filho, Michael, tentou a sorte na Fórmula 1 na temporada de 1993, sendo o companheiro de Ayrton Senna na McLaren. Mas o melhor resultado foi um terceiro lugar em Monza, na Itália.

SATORU E KAZUKI NAKAJIMA

Satoru (pai) e Kazuki (filho) Nakajima possuem trajetórias parecidas: nunca foram protagonistas e sempre foram impulsionados por motores de fabricantes japonesas. Satoru tem como melhor resultado dois quartos lugares, além de ter sido o primeiro piloto japonês a disputar uma temporada completa de Fórmula 1. Já Kazuki conseguiu um sexto lugar na Austrália, em 2008.

MANFRED E MARKUS WINKELHOCK

Os alemães Manfred (pai) e Markus (filho) não tiveram sucesso na Fórmula 1. Manfred não completou ou foi desclassificado em 34 dos 47 GPs que disputou entre 1980 e 1985. Markus correu apenas 13 voltas no Grande Prêmio da Europa, em Nürburgring, na Alemanha, em 2007, antes do seu carro sofrer uma pane hidráulica. Foi a única corrida do piloto.

WILSINHO E CHRISTIAN FITTIPALDI

A família Fittipaldi tem muita tradição no automobilismo, mas apenas Emerson conseguiu ter grande sucesso. Wilsinho ficou três temporadas na Fórmula 1 e o melhor resultado foi um quinto lugar na Alemanha, em 1973. Christian também ficou somente três temporadas e em equipes intermediárias. O melhor resultado foram três quartos lugares.

JAN E KEVIN MAGNUSSEN

Jan (pai) e Kevin (filho) têm algo em comum: foram apostas frustradas. O pai disputou três temporadas da Fórmula 1, mas só completou a de 1997. O melhor resultado foi um sexto lugar no Canadá, em 1998. O filho teve uma carreira mais longa: foram sete temporadas. Porém, ele empolgou apenas na estreia, em 2014, com um segundo lugar na Austrália – o seu melhor resultado.

NELSON E NELSINHO PIQUET

Aqui está um caso parecido com o da família Fittipaldi. Nelson Piquet é um dos maiores pilotos brasileiros da história com três títulos mundiais, 23 vitórias e 60 pódios. Mas o filho Nelsinho não teve o mesmo sucesso em 2007 e 2008 com a Renault. O melhor resultado foi o segundo lugar na Alemanha, em 2008 – o único pódio de Nelsinho.

JOS E MAX VERSTAPPEN

Pode-se dizer que Jos Verstappen está vivendo as suas maiores emoções ao ver o filho brilhando na Fórmula 1. Jos conseguiu apenas dois terceiros lugares em 107 GPs disputados entre 1994 e 2003 (com pausas em 1999 e 2002). Ao contrário de Max, que já venceu 19 corridas e está na luta pelo título mundial de 2021.

KEKE E NICO ROSBERG

Vinte anos após a família Hill entrar para a história como a primeira a ter pai e filho como campeões, foi a vez de a família Rosberg igualar o feito. Nico (filho) ganhou o título de 2016, coroando uma boa carreira com 23 vitórias e 57 pódios. Keke também foi campeão mundial uma vez, em 1982, e teve cinco vitórias e 17 pódios na sua trajetória. A curiosidade é que eles foram campeões por países diferentes: Keke era finlandês e Nico, alemão.

JONATHAN E JOLYON PALMER

Uma família britânica com passagem sem brilho pela Fórmula 1. Jonathan (pai) correu sete temporadas por equipes intermediárias e o melhor resultado foi o quarto lugar na Austrália, em 1987. Jolyon teve uma trajetória curta: duas temporadas apagadas na Renault. A melhor colocação foi em 2017, em Singapura, com um sexto lugar.

MICHAEL E MICK SCHUMACHER

Mick Schumacher está carregando um dos sobrenomes mais poderosos da história da Fórmula 1. Michael é um dos maiores – senão o maior – nomes da categoria com sete títulos mundiais, 91 vitórias e 155 pódios em 19 temporadas. Mick ainda tem um longo caminho para percorrer, já que este é o seu primeiro ano na F1 e com o pior carro do grid: a Haas. O melhor resultado até aqui foi um 12º na Hungria.

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