O Grande Prêmio de São Paulo marca o início de uma série pouco confortável para Pierre Gasly: nas próximas nove corridas da Fórmula 1, o francês da AlphaTauri precisará ser mais cauteloso para evitar punições, sob risco de ser afastado do grid por uma corrida.
Desde maio, Gasly contabilizou 10 pontos de punições, e será punido caso atinja 12. Os pontos expiram depois de um ano vigentes – assim, as primeiras punições que contabilizam deixam de valer a partir de maio de 2023, já que somou dois pontos de pena no GP da Espanha de 2022, em maio.
Para o francês, a situação é desconfortável. E para piorar, pode afetar o começo de seu desempenho em 2023, quando correrá pela Alpine ao lado do compatriota Esteban Ocon.
“Não vou mentir: é uma situação bem desagradável, bem delicada. De certa forma, é constrangedor ficar em uma posição na qual posso ser banido por uma corrida. Não sinto que tenho sido particularmente perigoso nos últimos meses”, afirmou Gasly nesta quinta-feira (10), em entrevista coletiva para o GP de São Paulo, em Interlagos.
“Pessoalmente, quero fazer todas as corridas, quero terminar a temporada pela AlphaTauri, (e) quero fazer todas as corridas de 2023 pela Alpine”, acrescentou.
Para o francês, a possibilidade de ser afastado por uma corrida é uma “punição dura”, especialmente pelo fato de não saber o tamanho do prejuízo que o afastamento pode representar. Caso a Alpine consiga um carro mais competitivo para 2023, por exemplo, o afastamento poderia até mesmo custar uma briga pelo título, em um cenário mais otimista.
“É uma situação imprevisível”, lamentou. “Eu poderia terminar com um carro incrível lutando pelo título mundial, e não poderia correr o risco de perder uma corrida e todas as minhas esperanças de (conquistar o) campeonato.”
As duas últimas corridas de 2022, em São Paulo e Abu Dhabi, encerram a trajetória de Gasly com a AlphaTauri. No fim de novembro, o francês assume a vaga de Fernando Alonso como piloto da Alpine, podendo estrear pelo time da Renault já nos testes de pós-temporada no circuito de Yas Marina.
“Estamos discutindo. É possível que seja o caso”, resumiu.