Desde que Simone Biles, ginasta norte-americana, abriu mão dos Jogos Olímpicos de Tóquio para cuidar da sua saúde mental, o assunto deixou de ser um grande tabu entre atletas de alta performance. Zé Love, atacante, é um dos maiores nomes do futebol brasileiro que vem enfrentando a doença.
Em entrevista exclusiva para o Band Esporte Clube, o atacante foi preciso ao dizer quando seu quadro clínico começou. Segundo ele, uma confusão dentro de campo, unido a contaminação por Covid-19.
“Eu fui punido injustamente, tinham câmeras mostrando o que eu fiz, não teve agressão, cuspe, não teve nada e eu fui julgado pela súmula de um árbitro. O Tribunal em momento algum deixou eu falar, o que estava ali eles levaram como punição, verbalmente, eu não tenho vergonha de assumir, e peço desculpas por ter ofendido”, disse o jogador.
Após o desentendimento com a arbitragem, Zé Love foi punido com 120 dias de suspensão. Para ele, esses dias se pareciam com a eternidade e isso lhe causou muitas sequelas, principalmente, após passar por três internações. O atacante, no entanto, alerta que no começo pareceu ser algo simples, mas depois a situação agravou.
“Te explicar qual é o tamanho desse monstro eu não consigo, porque só com ajuda médica. No primeiro mês, eu achei que estava tudo bem, mas depois comecei a ter muita dificuldade em fazer coisas simples e, às vezes, não queria brincar com o meu filho”, explicou.
Zé finaliza afirmando que conta o que passa com ele para trazer as outras pessoas a importância de se cuidar e procurar ajuda. O atacante destaca que para 90% pessoas, a doença não passa de uma frescura, mas ela tira as coisas que são fundamentais para viver: prazer e vontade.
