Esportes

Caetano explica plano ambicioso do Atlético-MG e defende volta de Cuca: ‘decisão técnica’

Da Redação, com Rádio Bandeirantes

Rodrigo Caetano no Atlético-MG: clube tem reforço de investidores de peso para ser uma das potências do Brasil
Rodrigo Caetano no Atlético-MG: clube tem reforço de investidores de peso para ser uma das potências do Brasil
Pedro Souza/Agência Galo/Atlético

Reforçado por abastados investidores, o Atlético-MG trabalha para se tornar uma das potências do futebol brasileiro e ingressar num grupo de poucos clubes ricos, sem problemas financeiros graves e, claro, times fortes – destaque para Palmeiras, campeão da Libertadores, e Flamengo, que faturou o bi seguido do Brasileirão. Mas segundo o diretor de futebol do Galo, Rodrigo Caetano, o projeto vai além do campo. A ideia, afirma o dirigente em entrevista à Rádio Bandeirantes, é sanear o clube de forma generalizada.

“Esse desejo de transformar o Galo numa das maiores potências, para o torcedor, para a imprensa pode parecer que está resumido a somente contratações, ao time dentro de campo. Não. É também através de um time forte e competitivo, da melhoria da estrutura física, com a construção do estádio, melhorando as condições da Cidade do Galo, é através da melhoria de processos, com consultoria externa, é a busca da redução do passivo”, explicou Caetano em participação no Esporte em Debate.

Ainda segundo o cartola, o projeto visa “viabilizar o clube para que, talvez daqui a dois, três anos, o Galo possa ter resultado esportivo e tenha cada vez menos dependência desse grupo”.

Atualmente, o clube tem pelo menos três fortes investidores: Banco Inter, MRV e BMG. O dinheiro ajudou em contratações de peso, como Hulk e Nacho Fernandéz, em reforços de aproximadamente R$ 200 milhões, mas não seduziu todos: apesar da tentativa, o técnico Renato Gaúcho preferiu renovar com o Grêmio.

Cuca

Com a negativa, o Galo anunciou o retorno de Cuca, campeão da Libertadores com o clube mineiro em 2013 e que estava no Santos. Isso apesar dos protestos de torcedores nas redes sociais, que não queriam a volta do treinador.

A campanha teve a ver com um episódio de 1987, quando Cuca, na época jogador do Grêmio, e os companheiros de clube Eduardo Hamester, Fernando Castoldi e Henrique foram acusados de fazer sexo com uma menina de 13 anos na Suíça, durante excursão do Tricolor. Os atletas ficaram detidos em Berna por quase um mês. Em 1989, Cuca, Eduardo e Henrique receberam a condenação por atentado ao pudor com uso de violência. Absolvido da acusação de atentado ao pudor, Fernando foi condenado por envolvimento. Cuca se diz inocente.

Caetano diz que confia em Cuca e afirma que a torcida é ouvida, mas que a decisão de contratar o técnico foi “técnica”.

“É uma questão muito pessoal, não é profissional, e o Cuca já se manifestou o suficiente a respeito disso. Eu posso falar do que eu conheço do Cuca, é a primeira vez que vamos trabalhar juntos, conheci ele como atleta, da figura humana que é, o pai de família, respeitador, de princípios. Nós levamos em consideração sempre, e toda vez que possível, a opinião do torcedor, para tudo. Agora nós tomamos uma decisão técnica”, afirmou.

Mais notícias

Carregar mais