Show do Esporte

Presidente do Grêmio fala sobre atentado ao clube: "São terroristas e marginais"

Romildo Bolzan destacou que vândalos são exceções do futebol, o normal é a festa e disputa saudável

Por Gabriela Santos

O que era para ser o Gre-Nal 435 se tornou um momento de horror para os gremistas. Ao chegar no estádio Beira-Rio, do Internacional, o ônibus com a delegação do Grêmio foi alvejado com pedras e barra de ferro. O clássico foi adiado e ainda não há data para acontecer.

Em entrevista exclusiva ao Show do Esporte, o presidente gremista, Romildo Bolzan, falou sobre o acontecimento e sugeriu como os autores do atentado devem ser punidos.

“São torcedores vândalos totalmente fora de convivência, contexto social e que se reúnem para serem criminosos. Isso é um aspecto do futebol que tem sido ressaltado, mas não é a regra, o normal é a alegria e disputa saudável. Aqui estamos falando das exceções terroristas e marginais. Devem ser banidos do futebol, devem ser excluídos de qualquer pauta que envolva o futebol”, desabafou o mandatário.

O cartola, no entanto, destacou que o banimento não deve ser diretamente a toda torcida de Grêmio ou Inter. Ele usou como exemplo as torcidas organizadas que também são compostas por torcedores “do bem”.

“Suspender todas as torcidas organizadas pode ser razoável, mas cabe o seguinte questionamento: todos os torcedores são criminosos? Precisamos partir do principio da boa fé, mas os criminosos precisam de banimento imediato. Não há mais espaço para não punir de maneira radical desde o começo", disse.

Bolzan aproveitou a entrevista e sugeriu o que deve acontecer com os envolvidos no ataque ao ônibus. Para ele, seria importante a prisão até que o processo seja resolvido.

“Ontem foram identificados dois dos agressores, se for confirmado o ato criminoso e com todos os riscos deve ficar preso preventivamente até  o fim do processo. Não é possível que mandem embora para casa e depois resolvam”, explicou.

Perguntado por Elia Jr., o cartola disse que havia um policiamento robusto ao redor do estádio, inclusive com cavalaria, mas a busca e apreensão dos envolvidos demorou e, por isso, não pode ser enquadrada como flagrante.

“Tinha um escolta grande e policiamento montado com cavalaria bem na nossa frente. Era o tipo de assunto para se dar em flagrante, pena que encontraram uma hora depois"

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