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Adesão ao home office terá forte impacto no mercado imobiliário

Da Redação, com BandNews FM

Mercado de imóveis de aluguel tem enfrentado mudanças em especial no segmento comercial
Mercado de imóveis de aluguel tem enfrentado mudanças em especial no segmento comercial
Cristiane Komesu/Folhapress

A adesão obrigatória ao home office deve ter impacto no mercado imobiliário, especialmente das grandes cidades brasileiras. A informação é da repórter Aiana Freitas, da BandNews FM.

Com muitas empresas prorrogando o trabalho remoto - e algumas até decidindo tornar essa opção permanente-, a procura por casas e apartamentos maiores e com ambientes mais bem divididos aumentou nos últimos meses, segundo um levantamento feito pelo Sindicato da Habitação de São Paulo.

"Muitas pessoas gostam de regiões como as de Cotia, Barueri e Atibaia, mas não tinham coragem de se mudar porque elas são distantes da capital. Sem a rotina de ir todo dia para o escritório, a decisão de mudança ficou mais fácil", diz Alex Francheta, diretor-executivo da plataforma Apto, que conecta potenciais clientes a construtoras.

O mercado de imóveis de aluguel tem enfrentado mudanças em especial no segmento comercial. O presidente da Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo, José Roberto Graiche Júnior, diz que muitos contratos foram renegociados e a quantidade de novos negócios caiu abruptamente, para 30% da média anterior à pandemia.

"O empresário está com medo de investir. Ele não sabe como vai ser a reação da economia e dos consumidores ou se é o momento de ampliar escritórios, por exemplo", analisa.

Mas, para José Roberto Graiche Júnior, o impacto do home office tem um limite:

"Sem dúvida, o home office vai aumentar. Mas não acreditamos que vai ser integral, e sim que as pessoas vão trabalhar uma, duas, até três vezes na semana em casa. A necessidade do escritório ainda vai existir, porque o contato presencial e a conversa olho no olho são fundamentais", finalizou.

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