Notícias

Juíza é investigada por dizer que réu é criminoso por causa da raça

Da Redação

A discriminação foi utilizada pela juíza Inês Marchalek Zarpelon
A discriminação foi utilizada pela juíza Inês Marchalek Zarpelon
Jornal da Band

Uma sentença escandalosa no Paraná. Uma juíza relacionou raça ao crime de um homem negro ao condená-lo. O caso será analisado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A discriminação foi utilizada pela juíza Inês Marchalek Zarpelon, da primeira vara criminal de Curitiba. Ao condenar um homem negro, acusado de participar de um grupo que cometia saidinhas de banco, ela escreveu: "Sobre sua conduta social nada se sabe. Seguramente integrante do grupo criminoso, em razão de sua raça, agia de forma extremamente discreta".

O caso foi denunciado pela advogada do réu. Natan Vieira da Paz, de 42 anos, foi preso em fevereiro do ano passado e agora condenado a 14 anos e dois meses de prisão.

A raça do réu foi mencionada três vezes na sentença. O CNJ pediu a abertura de uma investigação para apurar a conduta da juíza. Em nota, ela negou ser racista e tentou se explicar, dizendo que a frase foi retirada de contexto - mas sem explicar qual seria esse contexto.

Para o presidente da OAB do Paraná, Cássio Telles, a postura da juíza é uma afronta à constituição e que a sentença pode, inclusive, vir a ser considerada nula.

Oinegue sobre juíza que citou raça em condenação: "racismo é racismo"

Mais notícias

Carregar mais