O secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, confirmou neste sábado, 11, em entrevista ao Brasil Urgente, que a capital paulista está usando a CoronaVac como terceira dose em idosos que tomaram AstraZeneca. O motivo é a falta do imunizante fabricado pela Fiocruz em nos postos de saúde.
“A secretaria estadual de saúde possibilitou o uso da CoronaVac como dose de reforço. Já estamos fazendo isso”, disse ao jornalista José Luiz Datena. O gestor municipal afirmou que não devem faltar doses do imunizante fabricado pelo Butantã, mesmo com um lote de 12 milhões de vacinas bloqueado pela Anvisa.
O secretário disse ainda que a Pfizer deve em breve ser utilizada como dose de reforço, após o fim do ciclo de imunização dos jovens e adolescentes, com idades entre 12 e 18 anos. Em relação à segunda dose da AstraZeneca, o secretário Edson Aparecido disse que São Paulo precisa de 340 mil doses para aplicação na próxima semana.
Secretário desmente ministério da Saúde
A cidade de São Paulo pediu para o Ministério da Saúde liberar mais doses de vacina, porém a pasta acusou a gestão de não seguir o plano nacional de imunização. A prefeitura alega que a falta de imunizantes se deve ao atraso no repasse do governo federal, mas o Ministério diz que não deve doses à capital.
“Nós nunca utilizamos lotes recebidos como segunda dose para aplicar a primeira dose, porque a gente tinha essa preocupação de que depois não faltassem doses para complementar a imunização das pessoas”, afirmou o secretário municipal.
De acordo com as informações, mais de 67% das pessoas da cidade já estão com o esquema de vacinação completo na capital. “Tivemos problemas com relação a AstraZeneca, que a própria Fiocruz esclareceu em nota que o IFA que ela deveria ter recebido atrasou”, disse ainda.