Os testes para entrega de produtos com drones foram autorizados pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). As informações são do repórter Lucas Herrero, da Rádio Bandeirantes.
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A autorização permite voos além do campo de visão do operador, num raio máximo de 2,5 km do ponto de decolagem. A aeronave liberada pesa 9 kg e poderá carregar produtos de até 2 kg a uma altura de 120 metros.
Campinas, no interior de São Paulo, será a primeira cidade a receber os testes no mês de outubro em um shopping, porém, a encomenda não vai chegar de drone na porta do cliente. O aparelho funciona como um novo modal para auxiliar os motoboys e ciclistas.
No projeto inicial, haverá duas áreas de pouso e decolagem: uma no 4º piso, próximo à praça de alimentação, e uma no térreo, perto dos entregadores, para que não haja necessidade de deslocamento até o restaurante.
Segundo os cálculos do CEO da empresa idealizadora do projeto de testes, Manoel Coelho, a economia de tempo será grande, de cerca de 15 minutos por entrega. A intenção é expandir os "drone pontos" por todas as cidades.
"É bem interessante esse tipo de integração com outros modais já existentes. Não adianta você pegar o drone e voar para todos os lugares, porque não vai acontecer tão cedo. O nosso plano é de um drone ponto A para um drone ponto B. No futuro, vários drone pontos pela cidade e fazer essa capilarização para que os materiais, as refeições, os medicamentos, os exames cheguem mais rápido na mão das pessoas", contou Coelho.
Segurança
Todo o processo de decolagem é automatizado, ou seja, o piloto não consegue modificar o destino no meio do caminho. As rotas devem ser previamente aprovadas pela ANAC e não podem passar sobre a cabeça das pessoas.
O superintendente de Aeronavegabilidade da Anac, Roberto Honorato, explica que mais de 150 itens de segurança foram exigidos para a liberação.
"Isso demanda algumas análises com relação a confiabilidade do sistema, algumas redundâncias que devem existir. Seriam os "planos b". Se um equipamento importante para navegação falhar, qual vai ser o procedimento que o aparelho vai adotar para não causar um risco maior à sociedade?", disse Honorato.
O drone tem até paraquedas caso ocorra alguma pane no funcionamento. Por isso, os testes seguem até agosto de 2021, sendo que o próximo passo é conseguir a autorização final para expandir os serviços.