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Jornal afirma que Israel só revidará ataque do Irã após a páscoa judaica

O Irã reagiu ao suspense de um ataque de Israel recolhendo ao porto o seu navio espião Behshad e retirando guardiães revolucionários da Síria

Por Moises Rabinovici

Outro jornal publica que Israel trocou a retaliação ao Irã pela aprovação dos EUA
Outro jornal publica que Israel trocou a retaliação ao Irã pela aprovação dos EUA
Reuters

Um jornal israelense afirmou que Israel só vai retaliar o Irã pela "noite dos mísseis" depois do Pessach, a páscoa judaica, que começa dia 23, na semana que vem, e vai até o dia 30. 

Essa é a celebração da fuga dos escravos israelitas do Egito, sob a liderança de Moisés. Outro jornal publica que Israel trocou a retaliação ao Irã pela aprovação dos Estados Unidos à operação em Rafah, em Gaza, último reduto do Hamas ainda não atacado pela infantaria israelense. 

É aqui que estariam os reféns israelenses e os chefões do Hamas, além de cerca de 1,5 milhão de palestinos.

O Irã reagiu ao suspense de um ataque de Israel recolhendo ao porto o seu navio espião Behshad e retirando guardiães revolucionários da Síria. E ameaça rever sua 'doutrina nuclear'. 

Só o front com o Hezbollah, no Líbano, continua ativo. Depois de um drone kamikaze ferir 18 israelenses, a maioria reservista, a aviação atacou as defesas aéreas do Hezbollah na região de Baalbek, no nordeste do Líbano.

Os jornais israelenses dão fotos de praias cheias em Gaza, com a pausa dos ataques de Israel e a entrada de cerca de 500 caminhões por dia de ajuda humanitária. 

O contraste com as famílias dos reféns mantidos em Gaza é evidente, ainda mais agora que o Catar está anunciando que não quer mais mediar as negociações entre o Hamas, Israel, EUA e Egito.

O primeiro-ministro catari, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, justificou a reavaliação pelo "uso indevido da mediação para interesses políticos mesquinhos". Ele não citou nenhum político pelo nome.

As negociações estão paralisadas, em impasse, desde que o Hamas rejeitou a última proposta israelense, pela qual 40 reféns seriam trocados por 800 a 900 prisioneiros palestinos, e uma trégua de seis semanas seria estabelecida. O Hamas respondeu que não tem 40 reféns na categoria de idosos, crianças e idosos.

Os Estados Unidos anunciaram sanções econômicas aos fabricantes de drones e à indústria siderúrgica do Irã. O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, disse que a União Europeia também vai impor sanções, porque "nós precisamos isolar o Irã".

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