A relação dos vereadores de São Paulo com o futebol é antiga. Em 1951, Manoel Cristino propôs um projeto autorizando a confecção de uma placa de bronze para homenagear a conquista da Copa Rio pelo Palmeiras naquele ano. Em 1954, o vereador Horácio Cardoso batizou a praça em frente ao terreno onde estava sendo construído o Morumbi como Roberto Gomes Pedrosa. Já em 1955, o vereador Antonio de Toledo Piza tentou declarar o Corinthians como sendo de utilidade pública. Esse projeto não vingou e foi arquivado.
A cessão dos terrenos onde ficam os centros de treinamento do Palmeiras e do São Paulo, na Barra Funda, também passou pela Câmara. Assim como parte da Rua São Jorge e da Avenida Condessa Elizabeth de Robiano, cedidas ao Corinthians com aval do Legislativo. O Santos é o único dos grandes que não tem nenhum projeto de lei na Câmara. Ao contrário dos torcedores rivais, em São Paulo os santistas não têm sequer um dia para chamarem de seu.
Os sãopaulinos têm apenas um – o dia do São Paulo Futebol Clube, instituído em 2005 pelo então vereador Aurélio Miguel e comemorado em 16 de dezembro.
Os palmeirenses têm três – o dia do Palmeiras, instituído em 1996, é comemorado em 20 de setembro. E em 2013, foram instituídos o dia do torcedor palmeirense, 12 de junho e o dia do cidadão palmeirense, 25 de agosto.
Mas nada se compara ao Corinthians – são quatro datas – 04 de julho é o dia da independência corintiana. Primeiro de setembro, dia do Corinthians, 04 de dezembro é o dia da democracia corintiana dr. Sócrates e no dia 13 de dezembro o torcedor corintiano comemora o seu próprio dia na cidade...
As mais recentes intervenções futebolísticas no legislativo paulistano são alviverdes – o treinador português Abel Ferreira virou cidadão paulistano – proposta de Toninho Vespoli endossada pelos outros 14 vereadores da bancada palmeirense da Câmara, como Antonio Donato, autor do projeto que mudou um trecho da rua Turiaçu para Palestra Itália.