A revisão do Plano Diretor deve ser a principal pauta da Câmara Municipal de São Paulo nos próximos meses. É um assunto fundamental para quem mora na metrópole, mas quase ninguém sabe do que se trata.
O Plano Diretor é uma lei de 2014 que organiza o crescimento da cidade, indica caminhos para resolver problemas de transporte e moradia, permite criar áreas de preservação e regula, por exemplo, onde pode e onde não pode construir prédios ou abrir comércio. O Plano Diretor é a regra do jogo sobre qualquer intervenção pública ou privada dentro da cidade.
A pesquisadora Laryssa Kruger lembra que o primeiro prazo para a sociedade civil participar da revisão terminou no final de outubro. Ela é mestre em políticas públicas e planejamento urbano, pesquisadora e integrante do observatório do plano diretor do Insper. E conta que além da participação dos movimentos de moradia e de preservação dos bairros, novas preocupações surgiram na sociedade civil.
Das 410 contribuições enviadas, várias, como a de contenção da especulação imobiliária na rua Augusta, não tiveram nenhum apoio. Já a proposta de criação de um parque na avenida Roque Petronio Junior foi a mais votada – conseguiu 205 apoios. Há propostas de mudança de zoneamento, de criação de ciclovias, enviadas por entidades como a associação comercial ou por cidadãos comuns. O Olhar de Repórter foi descobrir do que trata uma dessas propostas: a preservação cultural e ambiental em Pinheiros e na cidade.
O quarteirão entre a rua dos Pinheiros, Mateus Grow, Artur de Azevedo e Virgílio de Carvalho Pinto. Dentro do quadrilátero estão duas vilas, 52 casas com terrenos em média de 100 metros quadrados, é um lugar arborizado, silencioso e com relações humanas que se perpetuam ao longo dos últimos 80 ano.
Todo mundo que cresceu na vila e quer deixar o lugar como está. O receio é que a tranquilidade dê lugar a prédios altos, como prevê o plano diretor para regiões bem servidas de transporte público, como pinheiros.
A solução foi juntar os vizinhos e estudar como preservar o bairro. O resultado do trabalho em conjunto foi a proposta enviada para a revisão do plano diretor, baseada em um artigo da lei que caiu como uma luva para os moradores das Vilas do Sol.
Prêmio Band Cidades Excelentes
A segunda edição do Prêmio Cidades Excelentes, uma iniciativa do Grupo Bandeirantes e do Instituto Áquila, premiou na noite de quinta-feira (10), 18 cidades foram premiadas por projetos dedicados a 6 pilares: sustentabilidade, educação, infraestrutura e mobilidade; desenvolvimento econômico e ordem pública; governança, eficiência fiscal e transparência; saúde e bem-estar.
Multas para a Sabesp
Desde 2020 a Prefeitura de São Paulo já aplicou 1.673 multas nas concessionárias que realizam intervenções no asfalto da cidade. Foram R$ 88.156.482,09. A Sabesp é a campeã, 98% das autuações foram contra a empresa, que recebeu mais de R$ 86,7 milhões em multas.
F1 acelera a economia
O Grande Premio São Paulo de Fórmula 1 é um dos eventos de maior arrecadação para a cidade. O faturamento, ano passado, foi de quase R$ 1 bilhão. Os hotéis tiveram 84,3% de ocupação. Foram gerados 9.600 empregos diretos e indiretos, além de gastos com alimentação e lazer.
Novo hospital
O governador Rodrigo Garcia inaugurou nesta terça-feira (8), na capital, o novo Instituto Perdizes do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP). A unidade agora conta com 200 leitos, sendo 80 para pacientes em tratamento contra álcool e drogas e 120 para retaguarda do complexo HCFMUSP. O novo hospital vai colaborar no combate à Cracolândia com a ampliação do atendimento de saúde às pessoas com dependência química no município de São Paulo
Nova Vila Reencontro
São Paulo as primeiras unidades de casas modulares na Rua Ladeira da Memória, próximo à estação Anhangabaú do Metrô, no Centro da cidade. No terreno será instalada a primeira Vila Reencontro com 41 casas modulares e capacidade para acolher até 160 pessoas em situação de rua. A previsão é que o novo espaço de acolhimento comece a funcionar até o final do ano.
