Otan diz manter apoio à Ucrânia e vai reforçar unidades de defesa de aliados

O secretário-geral da Otan (aliança militar do Ocidente), Jens Stoltenberg, disse que a organização está com tropas aéreas, navais e terrestres nas proximidades da Ucrânia e Rússia, onde ocorre uma invasão militar de Moscou contra Kiev. Para o representante ocidental, os países-membros têm “poderio militar” para responderem à altura.

“Em resposta à colocação de tropas russas na região, nós colocamos algumas medidas. Ontem, os aliados da Otan ativaram um artigo específico. Como resultado, estamos trazendo forças da Otan aéreas, navais e terrestres para aumentar o poderio e responder à altura”, disse em comunicado oficial da Otan nesta sexta-feira, 25.

Stoltenberg ressaltou que os líderes da Otan, em reunião que tiveram hoje, pretendem fornecer apoio militar e financeiro para a Ucrânia como forma de condenarem as ações militares autorizadas pelo presidente Vladmir Putin. No comunicado, o secretário ressaltou o interesse de Kiev em ingressar na entidade.

“Os líderes, hoje, também deixaram claro que devemos continuar o nosso apoio à Ucrânia. A Ucrânia ainda deseja entrar na Otan, então, a nossa resposta coletiva deve ser de maior apoio”, salientou. “Nós faremos o necessário para defender todos os aliados e cada centímetro do território da Ucrânia”, continuou.

O representante da Otan também disse que as intenções da Rússia não se limitam à Ucrânia, mas, sim, a inibir a força da aliança ocidental. Segundo Stoltenberg, as condições do Kremlin tinham relação com a transferência ou retirada de equipamentos e forças do Leste Europeu, onde a entidade internacional possui membros, como Polônia, Estônia, Letônia e Lituânia.

“Os objetivos do Kremlin não se limitam à Ucrânia. A Rússia exigiu acordos vinculantes para limitar a ação da Otan. Eles exigem a transferência ou retirada de equipamentos e forças da Otan”, acusou Stoltenberg.