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Perícia em corpos de Dom e Bruno pode demorar até 10 dias, diz especialista

Ainda segundo o especialista ouvido pela BandNews TV, a urgência pode acelerar o resultado da análise nos restos mortais encontrados

Da Redação, com BandNews TV

Durante entrevista à BandNews TV nesta quinta-feira (16), o presidente da Associação de Peritos Criminais, Marcos Camargo, afirmou que o resultado da perícia dos corpos que seriam do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, pode demorar até dez dias.  

"A urgência pode acelerar esse resultado. Com isso, é viável se pensar nesse prazo de 10 dias para o resultado da amostra. Numa rotina normal o prazo é de 30 a 60 dias, mas nessa condição de esforços é possível reduzir esse prazo", afirmou Marcos.  

O especialista também afirmou que a situação dos restos mortais pode apresentar uma dificuldade maior na análise. Ele também reitera que, com uma avaliação mais detalhada, será possível realizar uma reprodução simulada do crime.  

"As análises são feitas de forma coordenada.A perícia vai buscar responder todas as dúvidas sobre como aconteceu e a autoria desse crime, inclusive do local e os elementos envolvidos nesse delito", reiterou Camargo.

Os restos mortais que foram encontrados na noite desta quarta-feira (15) e que podem ser de Dom e Bruno deixaram Manaus (AM) nesta manhã levados por agentes da Polícia Federal (PF) para Brasília, onde serão periciados. Após a confirmação da identificação dos corpos, eles serão entregues às famílias.

Ainda nesta quinta, a Polícia Federal deve realizar buscas pelo barco utilizado pela dupla na Amazônia.  Segundo Marcos, embarcação também pode ser importante para o resultado dessa perícia. 

De acordo com o superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Anderson Fontes, eles já sabem onde embarcação está. As informações são de que foram colocados sacos de terra para afundá-la, após o motor ter sido retirado.  

O crime

Os suspeitos e irmãos, Oseney da Costa, conhecido como "Da Costa", e Amarildo dos Santos, o "Pelado", confessaram o crime à Polícia Federal na noite de quarta-feira.

Segundo as investigações Dom e Bruno foram rendidos e mortos pela dupla. Os corpos foram decepados, esquartejados e queimados, e depois jogados em uma vala na região do Vale do Javari, na Amazônia.  

Pelado", inclusive, foi quem indicou à polícia a área onde os corpos foram ocultados. Agora, a polícia investiga a motivação do crime, que pode estar ligada à prática de pesca ilegal de pirarucu na região.

A Polícia Federal também investiga se a pesca ilegal dos irmãos era feita para abastecer o tráfico de drogas na região, segundo apuração de Valteno de Oliveira e Yan Boechat, da BandNews.  

A PF ainda não descarta a participação de uma terceira pessoa na morte de Dom e Bruno. Novas prisões podem ser feitas a qualquer momento.

Desaparecimento

As vítimas desapareceram no dia 5 de junho, quando se preparavam para visitar uma comunidade indígena na região Vale do Javari, segundo a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Unijava).  

Bruno era indigenista especializado em povos indígenas isolados e conhecedor da região, onde foi coordenador regional por cinco anos. Já Dom Phillips era veterano de cobertura internacional e morava no Brasil há mais de 15 anos.

O governo federal mobilizou a Marinha, Exército e Força Nacional, enquanto o Amazonas mobilizou as forças de segurança locais em busca do jornalista e do servidor.

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