A Polícia Civil indiciou o vereador Jairinho por tortura de mais uma criança. A vitima de agressão do político é filho da ex-namorada Débora Saraiva, que também foi indiciada, mas por omissão. As informações são de Clara Nery, na BandNews FM.
O exame de Corpo de Delito Indireto, que é feito baseado em exames clínicos e não diretamente na vítima, devido ao tempo transcorrido de seis anos, constatou que a ação que fraturou o fêmur da criança foi provocada por meio contundente.
A Delegacia da Criança e Adolescente Vítima concluiu na última segunda-feira (31) o inquérito a respeito de agressões contra a criança, que na época tinha 3 anos de idade.
Jairinho e Débora também foram indiciados pelo crime de falsidade ideológica, já que mentiram em depoimento na época e omitiram a agressão.
A criança seria a terceira vítima do vereador. Além da acusação de agressões e a morte do menino Henry Borel, ele também é réu pela tortura da filha de uma ex-namorada, entre 2011 e 2012, que, na época, tinha 4 anos de idade.
O depoimento da mãe
A Polícia Civil ouviu no dia 16 de abril a ex-namorada e ex-amante do vereador Jairinho, que afirmou ter omitido no primeiro depoimento que havia sido agredida pelo político.
Débora Saraiva, de 34 anos, disse que sofreu agressões durante os seis anos de relacionamento com Jairinho, e que o filho dela era torturado pelo vereador. Os episódios de tortura também se estendiam ao filho de Débora.
Segundo a mulher, o menino, que hoje tem oito anos, contou que uma vez acordou para beber água e Jairinho estava acordado. O político pediu para que a outra filha da ex-mulher fosse dormir, pois iria cuidar da criança.
Neste dia, o menino disse à mãe que Jairinho pediu para que ele deitasse no sofá, mordesse um pano para não fazer barulho, e pisou na barriga dele com todo peso do corpo. Débora disse ainda que o filho tinha o comportamento semelhante ao de Henry, de não querer estar perto e passear com Jairinho. A mãe do menino estaria dopada no momento da agressão.
Caso Henry
Preso, Jairinho foi denunciado por homicídio triplamente qualificado e tortura, além de coação de testemunhas, pela morte de Henry Borel em 8 de março, em um apartamento na Barra da Tijuca, no Rio.
Já a mãe de Henry, Monique Medeiros, foi denunciada por homicídio, tortura omissiva, falsidade ideológica e coação de testemunha.