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Rússia fala em “consequências” contra Suécia e Finlândia caso entrem na Otan

Ministério das Relações Exteriores também acusou a Otan de mentir sobre a inclusão de novos membros no tratado

Da redação com BandNews TV

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disparou contra a possibilidade da Finlândia e Suécia ingressarem na Otan, aliança militar do Ocidente. Segundo o governo russo, os dois países, que participaram da cúpula virtual da entidade, nesta sexta-feira, 25, enfrentarão “consequências militares e políticas”.

“A adesão à Otan provocaria graves retaliações militares e políticas", enfatizou a porta-voz. “Todos os estados membros da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa [OSCE], em sua capacidade nacional, incluindo Finlândia e Suécia, reafirmaram o princípio de que a segurança de um país não pode ser construída à custa da segurança de outros”, pontuou.

Em outro momento de uma entrevista coletiva, hoje, Zakharova acusou a Otan de mentir sobre a inclusão de novos membros no tratado. Vale lembrar que uma possível entrada da Ucrânia na organização é uma das principais causas do conflito entre os países, que culminou na invasão russa contra Kiev.

Vladmir Putin alega que Moscou ficaria vulnerável aos países do Ocidente caso a Otan se instale na Ucrânia, que tem fronteira com a Rússia. O presidente russo é terminantemente contra Kiev integrada aos países aliados.

O que é a Otan?

A Otan é uma aliança militar entre países da América do Norte e da Europa criada em 1949, no começo da Guerra Fria. O objetivo era que os países membros tivessem um mecanismo de defesa coletivo se fossem atacados, além de proteger a Europa Ocidental da expansão do comunismo e da própria União Soviética.

Ao longo do tempo, a Otan passou por transformações, e continuou existindo mesmo depois do fim da Guerra Fria. A organização participou de grandes conflitos, inclusive no Leste Europeu. Também esteve na Guerra do Afeganistão (2001) e em missões no Iraque (2003-2011), por exemplo.

A Otan não possui um Exército próprio –ela é formada pelos contingentes militares de seus integrantes.

Quem faz parte da Otan?

Os países fundadores da Otan são Bélgica, Canadá, Dinamarca, Estados Unidos, França, Islândia, Itália, Luxemburgo, Noruega, Países Baixos (Holanda), Portugal e Reino Unido.

Atualmente 30 países fazem parte da aliança militar, entre eles algumas ex-repúblicas soviéticas. Hoje, completam a aliança a Albânia, Alemanha, Bulgária, República Checa, Croácia, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Grécia, Hungria, Letônia, Lituânia, Macedônia do Norte, Montenegro, Polônia, Romênia e Turquia. 

Entre as regras da Otan está a de que qualquer país europeu que atenda aos critérios de adesão pode fazer parte do grupo. A aliança atlântica reconhece que Bósnia e Herzegovina, Geórgia, Macedônia e Ucrânia são países aspirantes, ou seja, que pretendem fazer parte da aliança e poderiam receber algum apoio. Mas, nesse caso, não há obrigação de ajuda por parte dos membros. 

O Kremlin é contra a Otan desde os tempos da Guerra Fria. O presidente russo, Vladimir Putin, quer mantê-la afastada do território, pois teme que a aliança coloque bases de lançamento de mísseis próximas da Rússia. Com a expansão da Otan no Leste Europeu, a tensão aumentou na região.

Vídeo: Secretário da OTAN: " Defendemos a autodefesa da Ucrânia"

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