Começou a operação federal contra o garimpo ilegal na reserva dos indígenas da etnia Yanomami, localizada em Roraima. Dois aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) saíram de Anápolis (GO) rumo à base de Boa Vista (RR).
Os aviões conseguem rastrear dezenas de alvos, de forma simultânea, em um raio de 700 km. Na base de Boa Vista, há aeronaves com visão noturna, duas metralhadoras, bombas e foguetes.
Na última terça-feira (31), um decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) limitou o espaço aéreo no território Yanomami. Apenas aeronaves que integram a “Operação Escudo Yanomami” podem sobrevoar a chamada “área vermelha” de Roraima.
Com o decreto, aumentam os poderes do Ministério da Defesa na região. A FAB, por exemplo, interromperá o tráfego de aeronaves não autorizadas, bem como a Marinha atuará nos rios para impossibilitar o transporte de criminosos.
Para o governo, é preciso combater o garimpo e outras atividades ilegais na reserva o mais rápido possível.
“Cortar o mal pela raiz”
Ontem, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, defendeu “cortar o mal pela raiz” em referência ao garimpo ilegal na reserva Yanomami. A declaração foi dada em entrevista exclusiva ao BandNews TV.
“Evidentemente que nós vamos prontos para enfrenta-los. Tomara que seja de uma forma não tão drástica [de guerra], mas, se for necessário, sim. Precisamos cortar aquele mal pela raiz”, disse o ministro.
