COPOM do BC eleva taxa básica de juris para 7,75% ao ano

Giovanna de Boer, da redação

COPOM do BC eleva taxa básica de juris para 7,75% ao ano
COPOM do BC eleva taxa básica de juris para 7,75% ao ano
Divulgação

O Comitê de Política Monetária do Banco Central eleva a taxa básica de juros da economia em 1,5 ponto porcentual.  

É o maior nível da Selic em 4 anos: 7,75% ao ano; além de ser o maior aumento de uma só vez desde dezembro de 2002.

A taxa serve como referência para o mercado financeiro, que empresta dinheiro tanto para as pessoas físicas quanto para o setor produtivo.  

Em nota, o Banco Central afirma que vê sinais de uma inflação persistente no país e que a elevação na taxa básica de juros é uma medida de contenção.

Porém, para o economista Rogério Mori, professor da Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas, o Banco Central está atrasado.

Segundo ele, a inflação vai continuar aumentando e, agora, o país não tem outra ferramenta para conter a alta:

Em comunicado, o Banco Central afirma ainda que pode voltar a elevar a Selic em 1,5 pontos em dezembro.

Com isso, a política monetária deixará de ter um papel no estímulo às atividades econômicas.

Isso porque os juros baixos contribuem para um crédito mais barato, favorecendo, por exemplo, a tomada de recursos para o consumo das famílias.

Para quem guarda o dinheiro na poupança as economias não devem render tanto.

O economista da FGV, Rogério Mori, explica que mesmo com a alta nos juros, a inflação ainda corrói os rendimentos da renda fixa:

O economista alerta que o momento é para economizar e fugir das dívidas.  

O IPCA, a inflação oficial do Brasil, acumula 10,25% em 12 meses, até setembro.  

O valor está acima da meta do Banco Central, que é de 3,75%, com tolerância até 5,25%.