O Comitê de Política Monetária do Banco Central eleva a taxa básica de juros da economia em 1,5 ponto porcentual.
É o maior nível da Selic em 4 anos: 7,75% ao ano; além de ser o maior aumento de uma só vez desde dezembro de 2002.
A taxa serve como referência para o mercado financeiro, que empresta dinheiro tanto para as pessoas físicas quanto para o setor produtivo.
Em nota, o Banco Central afirma que vê sinais de uma inflação persistente no país e que a elevação na taxa básica de juros é uma medida de contenção.
Porém, para o economista Rogério Mori, professor da Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas, o Banco Central está atrasado.
Segundo ele, a inflação vai continuar aumentando e, agora, o país não tem outra ferramenta para conter a alta:
Em comunicado, o Banco Central afirma ainda que pode voltar a elevar a Selic em 1,5 pontos em dezembro.
Com isso, a política monetária deixará de ter um papel no estímulo às atividades econômicas.
Isso porque os juros baixos contribuem para um crédito mais barato, favorecendo, por exemplo, a tomada de recursos para o consumo das famílias.
Para quem guarda o dinheiro na poupança as economias não devem render tanto.
O economista da FGV, Rogério Mori, explica que mesmo com a alta nos juros, a inflação ainda corrói os rendimentos da renda fixa:
O economista alerta que o momento é para economizar e fugir das dívidas.
O IPCA, a inflação oficial do Brasil, acumula 10,25% em 12 meses, até setembro.
O valor está acima da meta do Banco Central, que é de 3,75%, com tolerância até 5,25%.