Um acordo vai reforçar o combate às farsas digitais nas próximas eleições, como a manipulação de vídeos. O Tribunal Superior Eleitoral fechou ontem uma parceria com a Polícia Federal e a Advocacia-Geral da União.
Os alvos são os conteúdos produzidos por deepfake - tecnologia capaz, por exemplo, de manipular a voz de famosos para enganar as pessoas.
A preocupação do TSE é que criminosos usem a técnica para prejudicar o processo eleitoral.
No ano passado, as fraudes com inteligência artificial cresceram mais de 800% no Brasil. O Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação que reúne os 27 tribunais regionais eleitorais foi inaugurado no mês passado.
Agora, a Polícia Federal e a Advocacia-Geral da União também vão integrar os trabalhos. Para as eleições deste ano, o TSE prevê a cassação do registro ou mandato do candidato que alterar conteúdos digitalmente.
E as Big Techs vão ser responsabilizadas se não retirarem imediatamente do ar publicações antidemocráticas, racistas e de ódio.