Estudante de biomedicina é presa por fazer procedimentos estéticos sem registro

No momento da prisão foram encontrados na clínica medicamentos fora da validade, como anestésicos e produtos injetáveis.

Letícia Brazão*

Estudante de biomedicina é presa por fazer procedimentos estéticos sem registro
Medicamento vencido
Reprodução / Polícia Civil

Policiais da delegacia de Alcântara, em São Gonçalo, prenderam em flagrante nesta terça-feira (27) Silmara Mello da Silva, estudante de biomedicina que realizava procedimentos estéticos sem autorização e registro do Conselho Regional de Biomedicina. Ela atendia as clientes no Instituto Renovar, também em São Gonçalo.

Silmara fazia o uso de anestésicos e produtos injetáveis invasivos, como vitaminas, anestésicos e enzimas. Alguns deles estavam com a data de validade vencida. A estudante usava as redes sociais para divulgar seu trabalho. As clientes acreditavam que ela era formada em biomedicina e qualificada para realizar procedimentos.

No momento da prisão, foram encontrados no interior da clínica, alguns medicamentos fora da validade, como anestésicos e produtos injetáveis.

A dona da clínica já foi ouvida e a conduta dela será apurada no inquérito.

Segundo a polícia, a investigação começou a partir de uma denúncia anônima feita ao Conselho Regional de Biomedicina.

O delegado da 74ª DP (Alcântara), Márcio Esteves, informou ao jornalismo da Band que Silmara postava vídeos no Instagram realizando procedimentos estéticos que apenas profissionais com registro no Conselho Regional de Biomedicina ou médicos são qualificados para fazer.

No documento enviado aos investigadores, o Conselho destaca que seu principal objetivo é o controle de atividades e a fiscalização do exercício da profissão, bem como a verificação das condições de habilitação e regularidade profissional, evitando que pessoas inabilitadas exerçam tais atividades profissionais.

A estudante foi encaminhada para a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP) e ficará à disposição da justiça. Ela responderá por crime contra a saúde pública. A pena é de 10 a 15 anos de prisão.

A Band procurou o Instituto Renovar e aguarda retorno.

*Sob supervisão de Helena Vieira