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Subsecretário do Governo do Estado é acusado de perseguição por colega

Victor Travancas teria começado a insistir incessantemente em um relacionamento amoroso com a nutricionista Marianna Balbi, segundo a denúncia.

Clara Nery

Victor Travancas
Victor Travancas
Reprodução/vídeo

A nutricionista Marianna Balbi apresentou uma queixa crime contra o subsecretário de Estado do Gabinete do Governador do Rio por perseguição e ameaça. A Justiça do Rio deferiu parcialmente as medidas cautelares solicitadas.

Victor Travancas deve manter um afastamento de 300 metros da vítima, dos familiares e de testemunhas, e também está proibido de ter contato com Marianna através de redes sociais e demais meios eletrônicos de comunicação. O advogado deve ainda retirar postagens e se abster de postar novas que a mencionem. Em caso de descumprimento, ele poderá ter a prisão decretada.

Marianna Balbi alega que os dois chegaram a trabalhar juntos por alguns anos até que Travancas teria começado a persegui-la em busca de um relacionamento amoroso.

“Está cada vez pior essa situação, porque ele me prejudica muito, não só com relações, trabalho, mas mentalmente também, principalmente. Eu acordo pensando que tem uma pessoa atrás de mim, eu durmo pensando que tem uma pessoa atrás de mim", conta a nutricionista.

No processo na justiça foram anexadas provas, como prints de conversas entre os dois em que o advogado teria se declarado para vítima e alguns que envolveriam ameaças. Marianna diz que recebeu um áudio de Travancas em uma rede social, recebendo uma cobrança de R$ 50 mil - soma dos valores que o advogado gastou com Balbi.

“Vai ter faixa na porta da sua academia, vai ter faixa na porta da tua casa, vai ter faixa na porta do condomínio novo do teu irmão, cobrando de você. Eu quero os meus 50 mil reais que você está me devendo e você vai me pagar. Então adianta logo o que você me deve, porque eu não estou de brincadeira dessa vez não, a tua vida vai virar um inferno dentro da lei”, diz o áudio

Victor Travancas comentou o assunto em um vídeo. Ele negou as acusações e afirmou que a relação entre ele e Marianna era de amizade, e que teria pagado a faculdade da nutricionista.

“Essa história é possivelmente uma briga que ela está interpretando mal. Beleza. Só que isso acaba, quando a gente percebe que isso é falsidade, prejudicando a pessoa que está sendo verdadeiramente ameaçada”, afirma.

A medida protetiva foi concedida pela Justiça do Rio dezembro do ano passado e tinha um prazo de 90 dias podendo ser renovada. O subsecretário entrou com um pedido de habeas corpus e o processo corre em segredo de justiça.

A Secretaria de Casa Civil, pasta na qual Victor Travancas trabalha, foi procurada, mas não respondeu a reportagem.