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Caso Henry: Monique Medeiros afirma que foi coagida a mentir em depoimentos

Audiência realizada nesta quarta contou com depoimentos de Jairinho e da mãe de Henry

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Jairinho foi o primeiro a depor e falou por apenas 10 minutos
Jairinho foi o primeiro a depor e falou por apenas 10 minutos
Foto: Agência Brasil

Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, morto após agressões, é ouvida por mais de nove horas em audiência enquanto Jairinho fica em silêncio.  

Durante a sessão, ela afirmou que foi forçada a mentir nos primeiros depoimentos e traçou um perfil do ex-marido como um homem ciumento, controlador e, às vezes, agressivo.

Os dois foram interrogados nesta quarta-feira (9), na continuação da audiência de instrução do processo que apura a morte do menino de quatro anos, em março do ano passado. Eles estão presos desde abril e respondem por homicídio triplamente qualificado, tortura e coação a testemunhas.

Jairinho foi o primeiro a depor e falou por apenas 10 minutos. Ele disse que "nunca encostou em um fio de cabelo de Henry", mas só voltaria a se pronunciar após diligências específicas.

Ele também pediu imagens do IML e do hospital para onde Henry foi levado na noite da morte dele. Segundo o ex-vereador, as ações são necessárias para provar a inocência dele e de Monique Medeiros, mãe de Henry.

A pedido dele e por determinação da juíza Elizabeth Machado Louro, o depoimento não foi filmado pela imprensa, nem transmitido pela Justiça.

Ao falar do filho, Monique Medeiros chorou algumas vezes durante a audiência e descreveu Henry como a criança mais maravilhosa que já conheceu.

Ela defendeu que os fatos descritos na denúncia não são verdadeiros e que até hoje não sabe o que de fato provocou a morte do menino, pois estava dormindo. A mãe da criança ainda reforçou que nem ela nem os familiares dela viram algum hematoma no corpo de Henry no dia da morte.

Monique Medeiros também voltou a relatar episódios de ciúmes e agressões feitas por Jairinho. Segundo ela, o político chegou a colocar uma pessoa para segui-la. Segundo ela, um dos casos aconteceu em janeiro do ano passado, quando o ex-companheiro teria pulado o muro da casa dos pais dela e enforcado Monique enquanto ela dormia ao lado de Henry.

Monique ainda admitiu que se arrepende por não ter deixado o salão de beleza e voltado para casa imediatamente quando soube de possíveis agressões de Jairinho a Henry por meio de uma chamada de vídeo, cerca de um mês antes da morte.

Em relação às mudanças de versões ao longo dos depoimentos, ela disse que foi orientada pelo então advogado do casal, André França Barreto, a mentir e dizer apenas coisas positivas sobre Jairinho.

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