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Presidente da Câmara convoca reunião para debater novo reajuste da Petrobras

Encontro terá participação de líderes políticos e ocorrerá nesta segunda-feira (20)

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Arthur Lira afirmou que Petrobras está em guerra com o Brasil.
Arthur Lira afirmou que Petrobras está em guerra com o Brasil.
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, convocou uma reunião de líderes para esta segunda-feira (20) para tratar do novo aumento dos combustíveis anunciado pela Petrobras na semana passada.

Nas redes sociais, Lira chegou a pedir a saída do presidente José Mauro Ferreira Coelho e chamou a estatal de "República Federativa da Petrobras, um país independente e em declarado estado de guerra relação ao Brasil".

Apesar do tom agressivo, disse não querer confronto nem intervenção, mas apenas respeito ao povo brasileiro e que, se a estatal decidir enfrentar o Brasil, ela que se prepare.

O presidente Jair Bolsonaro também criticou o aumento e pediu a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a diretoria da empresa por suspeita de irregularidades.

Durante evento em Manaus, Bolsonaro lembrou mais uma vez os lucros obtidos pela companhia, mas citou as perdas da estatal depois do anúncio do reajuste, que para ele, devem continuar nos próximos dias.

A ideia da criação da CPI da Petrobras agradou, principalmente, os parlamentares opositores do governo, que acreditam que o presidente, na verdade, pediu uma CPI contra o próprio governo.

O líder da minoria no Senado, Jean Paul Prates, afirmou que a oposição quer a Comissão e defende que a atual situação é um reflexo das decisões do Palácio do Planalto.

Além disso, em uma nota divulgada para a imprensa, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, cobrou a análise do projeto que cria a conta de estabilização de preços dos combustíveis e está parado na Câmara.

No documento, Pacheco afirmou que medidas semelhantes estão sendo adotadas por outros países, e os senadores já aprovaram inúmeras propostas para barrar aumentos do tipo e que, agora, espera medidas mais rápidas e efetivas por parte da Petrobras e da controladora da estatal, a União.

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