Por coerência, pilotos da Ferrari cobram clareza da FIA nas decisões de punições

Declarações colocam ainda mais pressão no veredito do incidente entre Max Verstappen e Lewis Hamilton na volta 48 do GP de São Paulo

Da Redação

Leclerc e Sainz, pilotos da Ferrari Ferrari
Leclerc e Sainz, pilotos da Ferrari
Ferrari

O incidente envolvendo Max Verstappen (Red Bull) e Lewis Hamilton (Mercedes) na volta 48 do Grande Prêmio de São Paulo, no último domingo (14), no Autódromo de Interlagos, está dividindo opiniões em todas as equipes da Fórmula 1.

Em entrevista coletiva no Catar, nesta quinta-feira (18), os pilotos da Ferrari, Charles Leclerc e Carlos Sainz, cobraram clareza da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) nas decisões e aumentaram a pressão sobre o veredito favorável dos comissários a Max Verstappen – de ter passado imune a uma punição em uma manobra que ele espalhou o carro para evitar a ultrapassagem de Hamilton.

“Você precisa se adaptar a cada situação, a cada decisão que os comissários estão tomando. Assim que eu soube que o Max não foi punido na Áustria [em 2019], eu fui para Silverstone e mudei minha postura. Acho que isso é o mesmo para cada piloto, vão todos andar no limite do que é permitido. E é isso que vou fazer se essas coisas forem liberadas”, disse Leclerc.

O incidente citado por Charles aconteceu em 2019, no Grande Prêmio da Áustria, e foi muito semelhante ao que aconteceu com Verstappen-Hamilton neste ano – mas no caso, o holandês estava na mesma situação do inglês.  

A três voltas do fim, Verstappen mergulhou por dentro ao tentar ultrapassar Leclerc, ambos tocaram roda e o piloto monegasco precisou sair da pista para evitar um contato maior entre os carros. Ninguém foi punido.

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Agora, o ferrarista quer transparência na decisão da FIA do que é permitido. “O que for permitido, quero saber como piloto, é a única coisa que me interessa. Se isso for permitido, então ultrapassar por fora será muito difícil. Mas, sim, independentemente da situação, vou adaptar minha pilotagem”, afirmou Charles.

O companheiro de Ferrari, Carlos Sainz, adotou um discurso mais incisivo. "Acho que, independentemente de onde você corra, precisamos de decisões claras para ter conhecimento de até onde podemos ir. Se não, será difícil manter a coerência”, cobrou o espanhol.

Decisão adiada

A FIA anunciou que deixou para esta sexta-feira (19) a decisão quanto à continuidade do “Direito de Revisão” requerido pela Mercedes por conta do incidente entre Verstappen e Hamilton.  

Há duas possibilidades de punição dentro da hipótese de o piloto holandês ser considerado culpado: cinco segundos no resultado final de Interlagos – o que faria o holandês cair para a terceira colocação e perder três pontos, reduzindo para 11 a diferença no campeonato de pilotos para Hamilton, segundo colocado – ou também a perda de posições no grid de largada do próximo Grande Prêmio – que será realizado no Catar.

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