Subiu para 85 o número de mortes causadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul, segundo balanço divulgado pela Defesa Civil estadual, às 9h desta segunda-feira (6). Há ainda 339 feridos e 134 desaparecidos.
Segundo o relatório divulgado pela Defesa Civil gaúcha, 364 cidades foram afetadas pelas enchentes, mais de 20 mil pessoas estão em abrigos e outras 129.279 estão desalojadas. No total, 873 mil pessoas foram diretamente afetados pelas enchentes.
Em meio à tragédia no Rio Grande do Sul, o governo federal reconheceu o estado de calamidade pública em 336 cidades do estado. Com isso, os municípios atingidos pelas chuvas podem receber recursos com mais rapidez e fazer contratações com menos burocracia.
Na Região Metropolitana de Porto Alegre, o nível do Guaíba caiu um pouco após atingir a máxima histórica, de 5,33 metros, e alcançou 5,29 metros durante a madrugada. Até então, a maior enchente já registrada na capital gaúcha havia sido em 1941. À época, o nível do Guaíba chegou a 4,76 metros.
A última catástrofe ambiental no Rio Grande do Sul foi em setembro de 2023, quando 54 pessoas morreram depois da passagem de um ciclone extratropical. Agora, o total de mortes está bem acima do anterior e é considerado por autoridades como o pior desastre climático da história gaúcha.
“Plano Marshall”
Em entrevista ao Jornal da Band, o governador Eduardo Leite (PSDB) cobrou medidas equivalentes ao “Plano Marshall” – criado para reconstruir países europeus após a Segunda Guerra Mundial – para o Rio Grande do Sul.
Leite pontuou que esse plano ocorrerá, entre outras coisas, para reduzir a burocracia em obras e assistência às vítimas. Além disso, cobrou esforços em relação à situação fiscal do estado.
“Vamos ter que fazer de reconstrução e de um sistema de resiliência para esses municípios vai exigir um esforço descomunal. Não é só sobre ter dinheiro. É sobre ter menos burocracia. Vão ter processos sumaríssimos para não levar muito tempo para a reconstrução. Vamos ter desafios, inclusive, de ordem fiscal. O estado tem uma série de restrições, limitando os movimentos do estado por conta das restrições fiscais”, disse o governador.
Alerta
A Defesa Civil informa que - para aumentar o nível de prevenção - as pessoas podem fazer um cadastro e receber alertas meteorológicos do órgão. Basta enviar o CEP da localidade por SMS para o número 40199. Uma confirmação vai ser enviada e o número ficará disponível para receber as informações.
Também é possível se cadastrar pelo Whatsapp: número (61) 2034-4611. Um robô de atendimento fará a interação e o usuário poderá compartilhar a localização atual ou qualquer outra de interesse para receber as mensagens da Defesa Civil.