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Família de jornalista protesta em Londres: “Encontrem Dom e Bruno”

Manifestantes se juntaram em frente à Embaixada do Brasil em Londres e cobraram respostas sobre buscas na Amazônia

Da redação com informações da Reuters

Família de Dom Phillips cobra respostas sobre desaparecimento
Família de Dom Phillips cobra respostas sobre desaparecimento
Reuters

Manifestantes protestaram em frente à Embaixada brasileira em Londres e cobraram respostas sobre o desaparecimento do jornalista inglês Dom Phillips, colaborador do Jornal The Guardian, e do indigenista Bruno Araújo Pereira, servidor de carreira da Fundação Nacional dos Povis Indígenas (Funai). 

A dupla foi vista pela última vez no Vale do Javari, região do Amazonas, no dia 05 de junho. Familiares do britânico expuseram, nesta quinta-feira (09), cartazes com cobranças ao governo brasileiro. Os textos, em tradução literal, pediam: “Encontrem Dom e Bruno”.

O desaparecimento

As buscas por Dom Phillips e Bruno Araújo entram nesta quinta-feira (9) no quinto dia. O governo federal mobilizou a Marinha, Exército e Força Nacional, enquanto o Amazonas mobilizou as forças de segurança locais.

O servidor de carreira da Funai e o colaborador do Jornal The Guardian desapareceram no Vale do Javari no dia 05 de junho, segundo nota divulgada pela União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja).

Bruno é indigenista especializado em povos indígenas isolados e conhecedor da região, onde foi coordenador regional por cinco anos. Já Dom Phillips é veterano de cobertura internacional e mora no Brasil há mais de 15 anos.

Segundo lideranças indígenas, o jornalista e o ativista estariam recebendo ameaças de garimpeiros que atuam de forma ilegal na região. Até o momento, cinco pessoas foram ouvidas nas investigações. Apenas um suspeito foi detido na última quarta-feira (8).

ONU alertou Brasil sobre violência na região

A Organização das Nações Unidas (ONU), há cinco anos, já alertava sobre a violência no Vale do Javari. O colunista de internacional Jamil Chade, do BandNews TV, teve acesso a documentos que mostravam que o alto comissariado da ONU para os Direitos Humanos via a região com preocupação.

Havia a cobrança de maior atenção à segurança da população local, sobretudo a dos indígenas que vivem isolados. Segundo a ONU, existiam indícios muito claros de que a violência tomava conta da região e que era necessária uma maior ação do governo do ex-presidente Michel Temer.

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