A venda de um terreno em Boa Vista, capital de Roraima, está expondo uma situação difícil de ser enfrentada pelo governo brasileiro: a ação irregular de homens do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, do lado de cá da fronteira.
Uma simples placa anuncia a venda do terreno. Mas quem vê o anúncio nem imagina a confusão por trás da oferta. Em abril do ano passado, o governo brasileiro tirou os poderes de funcionários do governo venezuelano ligados a Nicolás Maduro e cancelou as credenciais dos representantes da embaixada e dos sete consulados venezuelanos no Brasil. Mas os homens ligados ao regime de maduro continuaram nos postos de trabalho. Em agosto do ano passado o cônsul-geral da Venezuela em Roraima morreu vítima da covid-19.
Desde então, funcionários do consulado tentam vender um terreno de quase 3 mil metros quadrados por R$ 1,3 milhões. O negócio é considerado ilegal pelo governo paralelo de Juan Guaidó.
A sede do consulado é alvo de constantes protestos de venezuelanos que deixaram de ser atendidos pelos diplomatas. O ministro conselheiro da Venezuela no Brasil tenta evitar a venda do terreno e já está contato com o governo brasileiro para impedir o negócio.
