A Controladoria Geral da União apontou superfaturamento em contratos da ONG do ex-jogador Léo Moura. Segundo a CGU, materiais esportivos como caneleiras, chuteiras e as redes do gol custaram 40% a mais do que o valor de mercado.
Entre 2020 e 2022, o instituto Léo Moura recebeu do então Ministério da Cidadania, do governo de Jair Bolsonaro, cerca de 45 milhões de reais - dos quais dois milhões e 700 mil estão sob suspeita.
O relatório da CGU também identificou, durante a análise dos contratos, que as empresas participantes das disputas não existiam ou não estavam no local informado.
Também não foi possível saber se os núcleos do programa do ILM atendiam o número de pessoas previsto. O Ministério do Esporte, que assumiu os contratos no novo Governo, suspendeu o repasse. Em nota, o instituto Léo Moura negou as irregularidades.
Irmã de Léo Moura presa por estelionato
No dia 13 de fevereiro deste ano, Lívia Moura, irmã do ex-jogador Léo Moura, foi presa pela Polícia Civil do Rio de Janeiro por estelionato. Ela foi acusada de vender ingressos falsos para camarotes na Marquês de Sapucaí, para os desfiles das escolas de samba durante o Carnaval.
O golpe foi denunciado por pelo menos 10 pessoas na 19ª Delegacia de Polícia na Tijuca, bairro da capital fluminense. Segundo as denúncias, Lívia Moura prometia um par de ingressos por cerca de R$ 5 mil e dizia que enviaria no formato de um QR Code, o que não era feito.
Lívia já havia sido detida anteriormente em 2022 acusada de vender ingressos falsos do festival Rock in Rio em um golpe de R$ 500 mil. Além disso, ela tem histórico de investigações por outros esquemas fraudulentos, incluindo por outro golpe de R$ 200 mil contra o jogador Renato Augusto. Ela prometeu shows para uma festa de casamento do atleta que nunca aconteceram.