Notícias

Salário mínimo deveria ser R$ 5,9 mil para família de 4 pessoas, diz pesquisa

Valor pago atualmente é R$ 1,2 mil, quase cinco vezes menor do que o necessário

Da redação com BandNews TV e Agência Brasil

Salário mínimo não teve ganho real no Brasil, diz Dieese
Salário mínimo não teve ganho real no Brasil, diz Dieese
Divulgação Governo do Brasil

Uma pesquisa feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontou que o salário mínimo deveria ser de pelo menos R$ 5.997,00 no Brasil. O cálculo avalia os gastos de uma família de quatro pessoas com moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte e lazer.

Atualmente, o salário mínimo é R$ 1,2 mil, quase cinco vezes menor que o estimado necessário. Para se ter uma ideia, o valor da cesta básica aumentou em 16 capitais. Em São Paulo, por exemplo, o custo médio é R$ 713, o mais caro.

Os aumentos mais expressivos na variação mensal foram em Brasília (6,36%), Aracaju (6,23%), João Pessoa (5,45%), Fortaleza (4,89%) e Goiânia (4,63%). 

O Dieese também calculou o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica. Em janeiro de 2022, a jornada foi 112 horas e 20 minutos. No mês anterior, o tempo necessário era de 119 horas e 53 minutos.

Alimentos mais caros

Entre os destaques no levantamento deste mês, o preço do quilo do café em pó subiu em todas as capitais analisadas na comparação com dezembro. Segundo o Dieese, “a expectativa de quebra da safra 2022/2023 e os menores estoques globais de café elevaram tanto os preços internacionais quanto os preços internos”. 

Assista: em um ano, café ficou 40% mais caro

O açúcar também ficou em destaque, com o valor do quilo mais alto em 15 capitais. Em Brasília, o custo do produto ficou 4,66% mais alto. Apenas Florianópolis e Porto Alegre tiveram queda, de 1,09% e 0,22%, respectivamente. A entressafra é a justificativa para o aumento dos preços.

O óleo de soja ficou mais caro em 15 capitais. Apenas Vitória e Aracaju tiveram baixa no preço. Em Belém, que teve a maior variação, o custo do alimento aumentou 5,99%. O Dieese aponta que o clima pode afetar a soja no Brasil e que também há muita procura externa pelo grão e pelo óleo bruto.

A boa notícia ficou por conta da redução do preço do arroz agulhinha e do feijão. O preço do arroz recuou em 16 das 17 capitais pesquisadas. Em Vitória, a queda alcançou 9,87%. No caso do feijão, o custo ficou mais barato em 12 capitais.

Mais notícias

Carregar mais