Terceiro suspeito pelas mortes de Dom e Bruno é procurado pela PF

Mandado de prisão do procurado foi expedido pela Justiça Estadual de Atalaia do Norte

Por Cleber Souza

Jornalista britânico e indigenista brasileiro foram mortos na Amazônia Reprodução/Twitter
Jornalista britânico e indigenista brasileiro foram mortos na Amazônia
Reprodução/Twitter

A Polícia Federal confirmou, na noite desta sexta-feira (17), a procura e a existência de uma terceira pessoa envolvida nas mortes do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista brasileiro Dom Phillips.  

Segundo a polícia, o suspeito é Jeferson da Silva Lima, conhecido como “Pelado da Dinha”. O homem ainda não foi localizado e um mandado de prisão foi expedido pela Justiça Estadual de Atalaia do Norte.

No fim da tarde, a Polícia Federal divulgou que o primeiro suspeito do crime, o pescador Amarildo Oliveira da Costa, o "Pelado", foi transferido para Manaus por medidas de segurança. Já o segundo suspeito pelo envolvimento no crime, Oseney da Costa de Oliveira, irmão de Amarildo, permanece em Atalaia do Norte.

Mais cedo, a PF havia dito que os assassinos de Dom Phillips e Bruno Araújo Pereira “agiram sozinhos, não havendo mandante nem organização criminosa por trás do delito". A Univaja (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari) rebateu a nota dizendo não concordar com o desfecho policial. 

Restos de corpos

A PF também confirmou que um dos "remanescentes humanos" encontrados no Vale do Javari é do jornalista britânico Dom Phillips, morto na Amazônia.  Os restos mortais estão no Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, em Brasília, onde estão sendo periciados.

A confirmação do DNA foi feita por meio da arcada dentária do jornalista. Os remanescentes humanos foram encontrados após o pescador Amarildo da Costa Oliveira, o "Pelado", ter confessado a participação na morte e indicado o local onde os corpos foram enterrados.

Mesmo com a identificação do remanescente, o comitê de crise, coordenado pela Polícia Federal, afirma que continuará com análises para determinar a causa da morte.

A polícia confirmou que, inicialmente, foram feitos testes com a impressão digital. Mas o método não apresentou resultados. O DNA do indigenista brasileiro Bruno Araújo ainda não foi identificado. Os testes continuam.

O crime

Segundo a investigação Dom e Bruno foram rendidos e mortos pela dupla. Os corpos foram decepados, esquartejados e queimados, e depois colocados em uma vala na região do desaparecimento.

O local é de difícil acesso pessoal e fica a cerca de 3 km do local onde objetos do indigenista e do jornalista foram encontrados no último domingo (12).

O barco utilizado pelas vítimas ainda não foi encontrado. Segundo a polícia, a suspeita é de que a embarcação tenha sido afundada pelos suspeitos. 

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