O presidente do Corinthians, Augusto Melo, assistia ao treino do Timão no CT Joaquim Grava na manhã desta sexta-feira (7) quando a VaideBet anunciou que rescindirá o contratado de patrocínio com o clube.
Melo estava ao lado do executivo de futebol Fabinho Soldado acompanhando a atividade quando a notícia foi divulgada. O dirigente pegou imediatamente o celular e deixou o local.
A casa de apostas VaideBet rescindiu contrato com o Corinthians após as acusações de uso de um “laranja” durante as negociações da parceria.
Segundo denúncia do blog do Juca Kfouri, no UOL, a Rede Social Media Design Ltda, que fez a intermediação do patrocínio da VaideBet com o Corinthians, repassou parte do valor recebido em comissão a uma empresa “laranja”, a Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda.
“Desde o início de abril a marca acompanha e solicita esclarecimentos sobre as suspeitas levantadas, tendo já realizado reuniões, comunicações formais e notificação extrajudicial. Diante das explicações apresentadas sem nenhuma resolutividade, a VaideBet lamentavelmente se vê obrigada a tomar tal atitude”, afirmou a empresa na nota divulgada.
A parceria entre as partes previa pagamento de R$ 370 milhões ao Timão, em um contrato com validade até o fim de 2026. O Timão já recebeu mais de R$ 60 milhões.
O acordo previa o pagamento de R$ 30 milhões caso uma das partes rompesse o acordo, mas a cláusula anticorrupção isenta a VaideBet de pagar esse valor.
Crise sem fim
A rescisão é mais um capítulo da enorme crise política enfrentada por Melo no comando do Timão. O contrato de patrocínio era avaliado como a “última cartada” do presidente para manter a força política.
A crise já havia motivado a saída do diretor jurídico Yun Ki Lee. O diretor financeiro Rozallah Santoro também pediu para deixar o clube, mas depois mudou de ideia.