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Abastecimento de água segue interrompido em cinco cidades do Grande Rio

Cedae interrompeu operação do Sistema Imunana-Laranjal às 5h59 de quarta-feira (3). Não há previsão de retorno do fornecimento.

Gustavo Osório e Adison Ramos

Imagens aéreas mostram Sistema Imunana-Laranjal, em São Gonçalo, sem água.
Imagens aéreas mostram Sistema Imunana-Laranjal, em São Gonçalo, sem água.
Reprodução | Vídeo

O Sistema Imunana-Laranjal, em São Gonçalo, está interrompido desde às 5h59 de quarta-feira (3) depois de a Cedae identificar o despejo irregular de um produto químico poluente que teria alterado a qualidade da água.

A substância química encontrada na água foi o tolueno. O líquido incolor é derivado do petróleo. Funcionários da companhia e policiais da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente estiveram em Guapimirim, onde a água é captada, para identificar o local onde foi feito o descarte do poluente.

O fornecimento de água está irregular nas cidades de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, parte de Maricá (Inoã e Itaipuaçu) e a Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro. Mais de dois milhões de pessoas são afetados. 

Na tarde desta quinta-feira (4), o Governo do Estado concedeu entrevista coletiva afirmando estar adotando medidas emergenciais para reestabelecer o abastecimento de água. Instituto Estadual do Ambiente, Cedae e Polícia Civil buscam a origem da contaminação por tolueno. 

Entre as linha de investigação está o possível vazamento perto de um oleoduto da Petrobras. Agentes informaram que foram encontrados vestígios da substância tóxica em seus arredores. Ká a empresa informou que não faz transporte de materiais por essa tubulação.

A Cedae monitora a qualidade da água de hora em hora, mas, até o momento, sem previsão para volta. Em uma nota conjunta, a companhia e o Inea garantiram que não há risco de a substância chegar às residências.

A Águas de Niterói disse que está monitorando a situação e está abastecendo locais que prestam serviços essenciais com carros-pipa.

Já a concessionária Águas do Rio, responsável pelo fornecimento nos demais municípios afetados, afirmou que oferece caminhões-pipa e balsas-tanque abastecidos por outros mananciais para atender serviços essenciais, como hospitais e escolas.

O problema foi detectado durante uma operação de monitoramento de rotina da companhia antes da entrada da água bruta (ainda não tratada) na estação. As 5h59 da manhã da última quarta-feira (3), a empresa acionou o Inea que identificou a substância e interrompeu a distribuição de água na região.

Em agosto do ano passado, a Estação de Tratamento de Água do Guandu foi paralisada por mais 13 horas após o aparecimento de uma espuma na água. Na época, o abastecimento de mais de onze milhões de pessoas foi afetado e a empresa foi multada em quase onze milhões de reais.