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Concessão da Cedae gera investimento bilionário na cidade do Rio

Em coletiva de imprensa, a Prefeitura divulgou que pretende reduzir as desigualdades e apostar na redução dos impactos da pandemia

Rafaella Balieiro (sob supervisão de Natashi Franco)

O evento de entrega dos cheques recebeu o prefeito Eduardo Paes e o governador Claudio Castro
O evento de entrega dos cheques recebeu o prefeito Eduardo Paes e o governador Claudio Castro
Divulgação/ Prefeitura do Rio

A concessão da Cedae vai ser revertida em investimentos bilionários na capital fluminense. O plano apresentado hoje, em uma agenda da Prefeitura, prevê investimentos de R$6,7 bilhões até 2026. Entre os principais eixos, a gestão municipal quer desenvolver a sustentabilidade na cidade, geração de empregos, inovação e tolerância.

Os impactos da pandemia também ganharão espaço entre os investimentos. A Prefeitura pretende usar parte do dinheiro da concessão para frear os problemas da alfabetização online. Cerca de R$ 645 milhões serão destinados para projetos de ensino.

"O nosso olhar também é para corrigir efeitos da pandemia, nós precisamos corrigir os impactos da pandemia na educação, temos que pensar nas crianças que estavam passando pelo processo de alfabetização", explica o secretário de Fazenda e Planejamento, Pedro Paulo.

No primeiro momento, serão disponibilizados cerca de R$5,4 bilhões para a cidade investir em 18 projetos escolhidos. Um dos objetivos, segundo a gestão atual, é mudar a vida de muitos cariocas que ainda sofrem com a de infraestrutura.

"Nós temos que pensar por quanto tempo os cariocas sofreram com a falta de saneamento, o que também é uma falta de dignidade para esses moradores. Nós devemos isso para essas pessoas, que não tiveram acesso a um direito básico", complementou Pedro Paulo.

A coletiva da atual gestão também recebeu o governador do estado, Claudio Castro. Um dos objetivos do uso do recurso é unir as forças estaduais e municipais com o objetivo de não desperdiçar a verba recebida - os esforços foram voltados para a superação das desigualdades entre diferentes áreas da capital.

"A gente foca em todos os bilhões e nos impactos que esses cheques vão gerar na vida das pessoas, mas temos que pensar em outro aspecto que esquecemos: é um absurdo termos que, em 2021, tratar de uma agenda que é do século XIX nos países desenvolvidos. O acesso ao saneamento básico é básico. As pessoas ainda se acostumaram com a paisagem ambiental degradada no Rio", comentou o prefeito Eduardo Paes.

O plano Rio Futuro se inspirou em projetos internacionais para implementar medidas de superação dos impactos da pandemia na cidade. Mais de 30 mil empregos serão gerados direta e indiretamente no município.