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Eduardo Paes admite possibilidade de cancelamento do Réveillon

Variante Ômicron faz Prefeitura ampliar exigência de passaporte da vacina

Caroline Nunes (sob supervisão)

Réveillon e carnaval estão confirmados, mas há chance de cancelamento
Réveillon e carnaval estão confirmados, mas há chance de cancelamento
Reprodução/ TV Band Rio

Apesar da confirmação das festas de fim de ano e do carnaval, no ano que vem, Eduardo Paes, prefeito do Rio, admitiu a possibilidade do cancelamento das festividades. Além disso, a Prefeitura também irá aumentar os cuidados e passará a cobrar o passaporte da vacina em mais locais. O anúncio acontece após o surgimento da nova variante do coronavírus, a Ômicron, que já assusta quem estava se preparando para as festas.

“Nós vamos nos planejar até o último momento pra tomar a decisão se vai realizar ou não o Réveillon. Vamos ter que decidir nos próximos dias, ir olhando com calma a situação. É esperar. Acho que a gente tem que conhecer melhor a variante, o que ela de fato traz. Eu vou seguir o que o Comitê Científico determinar”, comenta o prefeito do Rio, Eduardo Paes.

Os novos locais em que o comprovante de vacinação será exigido ainda estão em estudo pela Prefeitura, mas entre eles estão os hotéis que receberão turistas nessa virada do ano.

O estado do Rio não tem ainda nenhum caso da variante Ômicron identificado, o que faz com que a possibilidade de haver Réveillon e carnaval sejam grandes.

“Eu acho que o réveillon vai ser um evento teste importante. Eu acredito que sim, nós teremos Réveillon e Carnaval. Mas a conduta é sempre acompanhar os dados epidemiológicos, as decisões podem mudar caso haja piora da situação. Eu não acredito em uma explosão de casos de variantes como estão dizendo”, avalia o sanitarista Daniel Becker.

Mas nem todos estão otimistas, organizadores de blocos e até mesmo alguns artistas não se sentem seguros com as explosões de casos pelo mundo da nova variante. A cantora Preta Gil já cancelou o tradicional Bloco da Preta em 2022.

“A gente ainda precisa aguardar, não temos nesse momento dados suficientes para dizer que pode ou que não pode. Temos acompanhado de forma permanente junto ao comitê científico, e o que eles nos falarem é o que nós faremos”, comenta a presidente da Sebastiana, Associação Independente dos Blocos da Zona Sul, Santa Teresa e Centro da Cidade de São Sebastião, Rita Fernandes.

Identificada originalmente na África do Sul, a variante Ômicron preocupa a comunidade científica mundial pela quantidade de mutações, em especial na proteína Spike, considerada essencial para o vírus entrar nas células e atingir os organismos. Atualmente todos os continentes já registraram casos.

Agora, cientistas buscam entender se ela é mais transmissível que as variantes já conhecidas, se causa sintomas mais graves e se existe alguma resistência às vacinas que já existem.