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Policiais envolvidos em morte no Jacarezinho se tornam réus

O advogado dos agentes afirma que irá provar que eles agiram em legítima defesa

Rafaella Balieiro (sob supervisão)

Os policiais são acusados de frade processual
Os policiais são acusados de frade processual
Reprodução/ Reuters

 A Justiça do Rio acatou o pedido de denúncia do Ministério Público contra dois policiais acusados de matar Omar Pereira durante a operação no Complexo do Jacarezinho, Zona Norte do Rio, em maio desse ano. Anderson Silveira e Douglas Peixoto viraram réus por homicídio e fraude processual. 

Os dois agentes da Polícia Civil foram afastados das funções da Coordenadoria de Recursos Especiais e não podem mais atuar no Jacarezinho. A medida foi tomada pela juíza Elizabeth Louro Machado.

“Os policiais e nós [advogados] estamos confiantes, eles agiram exatamente de acordo com a lei, em legítima defesa, já que eles reagiram à uma agressão injusta por parte do opositor que se encontrava armado. Nós vamos comprovar que eles agiram em legítima defesa dentro do processo. Um processo que já nasceu precipitado, já que a denúncia foi oferecida com as investigações ainda em curso”, comentou o advogado dos agentes, Gabriel Habib. 

Segundo o Ministério Público, os agentes forjaram a cena do crime e contaram com a ajuda e outras pessoas. De acordo com o relatório, Anderson e Douglas colocaram uma granada próxima a Omar. O corpo da vítima ainda foi retirado do local antes de ser periciado. 

A operação que aconteceu em maio desse ano terminou com 29 mortos no Jacarezinho, entre eles um policial. Na ocasião, o Supremo Tribunal Federal tinha proibido a realização de operações policiais em favelas durante a pandemia.