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Entre vaias e aplausos, Bolsonaro ouve sermão em Aparecida

Presidente visitou de última hora o Santuário de Nossa Senhora Aparecida no dia da Padroeira do Brasil

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Jair Bolsonaro visitou de última hora o Santuário de Nossa Senhora Aparecida e ouviu vaias e aplausos. Foto: Reprodução/Facebook
Jair Bolsonaro visitou de última hora o Santuário de Nossa Senhora Aparecida e ouviu vaias e aplausos.
Foto: Reprodução/Facebook

O presidente Jair Bolsonaro foi recebido com vaias e aplausos em Aparecida, no interior de São Paulo, nesta terça-feira (12). No dia da Padroeira do Brasil, o presidente decidiu de última hora visitar o Santuário de Aparecida. O compromisso não constava na agenda oficial do político, que passou o feriado prolongado no Guarujá, litoral de São Paulo.

Na chegada à Basílica, Bolsonaro foi vaiado e ovacionado por fiéis que estavam no local. O presidente chegou à igreja por volta das 14h. Ele estava acompanhado de ministros de governo.

Ao longo da celebração, Jair Bolsonaro fez uma leitura e tirou a máscara somente neste momento. No estado de São Paulo, é obrigatório o uso do equipamento de proteção em locais de culto religioso.

Durante a missa, o sermão abordou a situação atual do país, com desemprego em alta e o alto número de mortes por Covid-19.

Após o encerramento da cerimônia, o presidente ainda tirou uma foto com o arcebispo Dom Orlando Brandes.

Antes da visita de Bolsonaro, na principal missa celebrada no feriado de Nossa Senhora Aparecida, Dom Orlando Brandes falou sobre construir uma “pátria amada e não pátria armada”, em referência ao atual slogan do governo federal:  

“Construamos então um Brasil de pátria amada. E para ser pátria amada, não pode ser pátria armada. Para ser pátria amada, seja uma pátria sem ódio. Para ser pátria amada, uma pátria, uma República sem fakenews. Pátria amada sem corrupção. E pátria amada com fraternidade. Todos irmãos construindo a grande família brasileira.”.

Pátria amada faz referência ao slogan utilizado pelo Governo Federal. O arcebispo citou “pátria armada” em uma alusão sobre maior circulação de armas no país, uma das bandeiras do presidente Bolsonaro e seus apoiadores.

Bolsonaristas também são acusados de disseminarem notícias falsas na internet e são alvo de investigação do Supremo Tribunal Federal por constituírem uma suposta “milícia digital”. O religioso, no entanto, não citou nominalmente o presidente na celebração.

Os ministros da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, e da Cidadania, João Roma, estavam na Basílica durante a missa. Ambos também acompanharam o presidente na celebração da tarde.