Capitão dos bombeiros que matou ciclista alega sofrer dependência de álcool

Laudo da defesa de João Maurício Correia Passos aponta que o bombeiro também sofre de Transtorno Depressivo

Amanda Oliveira

Maurício foi visto horas antes do acidente consumindo bebidas alcoólicas Reprodução/Redes Sociais
Maurício foi visto horas antes do acidente consumindo bebidas alcoólicas
Reprodução/Redes Sociais

O laudo da defesa de João Maurício Correia Passos apontou que, há vários anos, o réu pela morte do ciclista apresenta quadro de dependência de álcool, além de sofrer crise de doença do humor grave, mais conhecida como Transtorno Afetivo Bipolar ou Transtorno Depressivo. Esses são os diagnósticos do médico, especialista em psiquiatria e medicina legal, contratado pela defesa do Bombeiro.

Ainda segundo o documento da defesa, no histórico constam perícias e exames realizados pelo Setor de Psiquiatria do Hospital do Corpo de Bombeiros Militar. O Capitão dos bombeiros foi afastado de suas funções militares por determinação médica, sendo internado e submetido a terapêuticos medicamentos, correspondentes à esfera psiquiátrica, na tentativa de recuperá-lo.

Nesta segunda-feira um outro laudo médico, dessa vez do Instituto de Perícias Heitor Carrilho, da Secretaria de Administração Penitenciaria do Rio, aponta que João Maurício não apresenta sinais clínicos de doença mental ou dependência química.

O capitão dos bombeiros é réu por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Ele é acusado de atropelar e matar um ciclista no Recreio, na Zona Oeste do Rio, em janeiro do ano passado.

Claudio Leite da Silva, de 57 anos, foi atropelado quando pedalava de madrugada na Avenida Lúcio Costa.

Pouco antes do acidente, Maurício foi flagrado por imagens de câmeras de segurança bebendo vodka e uísque em um posto de gasolina.

João Maurício Correia Passos chegou a ser preso, mas foi solto um mês depois, após ter afirmado na audiência de custódia que era alcoólatra e precisava de tratamento. Em julho, a Justiça determinou o afastamento do capitão de todas as funções junto à corporação.

O oficial já havia sido preso uma semana antes por agredir a mulher, deficiente física, mas foi solto no mesmo dia.

Mais notícias

Carregar mais