Parte das obras externas do Museu Nacional são entregues

A fachada principal, parte das laterais norte e sul e o Jardim-Terraço, que fazem parte do chamado bloco 1, foram reformadas

Nicolle Timm

A fachada principal do Museu Nacional foi reformada Felipe Cohen
A fachada principal do Museu Nacional foi reformada
Felipe Cohen

A abertura total do Museu Nacional ao público está prevista somente para 2027, mas nesta sexta-feira (2), dia em que o incêndio no local completa quatro anos, foram entregues as obras da fachada principal, de uma parte das laterais norte e sul, e do Jardim-Terraço. As estruturas fazem parte do chamado bloco 1, que deve ser concluído em janeiro do ano que vem.

As cores amarelo ocre e verde da fachada são as mesmas da época imperial. Já as esculturas em mármore que ficavam na parte de cima do prédio foram substituídas por réplicas. As originais farão parte do acervo do museu, já que estavam danificadas. O Jardim-Terraço foi revitalizado pela Secretaria Municipal de Conservação, que investiu cerca de R$ 544 mil na restauração dos vasos, postes, balaústres, piso e pintura, além da recomposição da vegetação entre os canteiros das estátuas da Imperatriz Leopoldina e de D. Pedro II. Para o diretor do Museu Nacional, Alexandre Kellner, esse é um dia histórico.

As obras internas só vão começar em dezembro de 2023. Entre as dificuldades para a restauração do local, está a captação de recursos. O orçamento total para concluir as obras é de R$ 380 milhões e 500 mil. E, desse valor, ainda faltam 40%, isso se não tiver acréscimos por conta do aumento do preço do alumínio e de outros materiais, por exemplo.

Essa é a primeira grande entrega do processo de reconstrução do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, na Zona Norte do Rio. 85% do acervo do museu mais antigo do país foi queimado. A ação desta sexta-feira (2) faz parte das comemorações do Bicentenário da Independência. Três exposições temporárias sobre minerais, esculturas do Museu Nacional e a história do local acontecem na área externa. O palácio, onde hoje é o museu, já foi residência das famílias real portuguesa e imperial brasileira.

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