50 mil mulheres morreram de câncer de mama desde o início da pandemia

Por receio de contaminação por Covid-19, diversas pacientes adiaram o tratamento

Por redação, com BandNews FM

O câncer de mama é o tumor mais comum entre brasileiras Pexels
O câncer de mama é o tumor mais comum entre brasileiras
Pexels

Desde o começo da pandemia em março de 2020, estima-se que ao menos 50 mil mulheres foram vítimas fatais de câncer de mama.

De acordo com o médico Manoel Carlos Leonardi, do Centro de Oncologia da Beneficência Portuguesa de São Paulo, esses óbitos podem ter sido causados, principalmente, pela falta de um diagnóstico precoce. 

Um levantamento feito pelo IPEC aponta que quase 50% das mulheres que participaram da pesquisa responderam que deixaram de frequentar médicos ginecologista ou mastologistas, por causa da pandemia.

Para pacientes oncológicos, não é uma opção deixar de lado o acompanhamento médico ou os exames de monitoramento. Mas mesmo assim, muitos não compareceram às consultas por medo da contaminação com a Covid-19.

Como o caso da professora licenciada Judith Albeirice, que passou por uma mastectomia em 2015 após ser diagnosticada um nódulo na mama direita. Em 2019, a professora descobriu novos tumores e segue em tratamento.

Porém, nos momentos mais críticos da pandemia, aumentou de três para quatro meses o intervalo para fazer exames de monitoramento dos seus tumores. 

Outra professora, Sandra Gonçalves, deixou de fazer a limpeza mensal de seu cateter por receio de contaminação com o coronavírus. Ela conta que as idas ao hospital foram limitas apenas para fazer exames. 

O câncer de mama é o tipo mais comum entre as brasileiras.  O Instituto Nacional do Câncer estima que até 2022, mais de 65 mil novos casos por ano  deveram surgir no Brasil. 

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